Camila Maciel
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Todos os servidores indiciados na Operação Porto Seguro,
deflagrada pela Polícia Federal, serão afastados ou exonerados de suas
funções, conforme nota oficial da Secretaria de Comunicação Social da
Presidência da República divulgada hoje (24). A determinação da
presidenta Dilma Rousseff também inclui o afastamento dos diretores de
agência envolvidos na investigação e a abertura de processos
disciplinares.
O Palácio do Planalto confirmou a exoneração da chefe de gabinete da
Presidência da República em São Paulo, Rosemary Nóvoa de Noronha.
Dentre os investigados também estão José Weber Holanda Alves, adjunto do
advogado-geral da União, e Paulo Rodrigues Vieira, diretor da Agência
Nacional das Águas.
A decisão foi anunciada após reunião no Palácio da Alvorada entre a
presidenta Dilma Rousseff; a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi
Hoffmann; a ministra da Secretaria de Comunicação Social, Helena Chagas;
a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti; e o
advogado-geral da União, Luís Inácio Adams.
A Presidência determinou ainda que todos os órgãos citados no inquérito
abram processo de sindicância. São eles: Agência Nacional de Águas
(ANA), Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Agência Nacional de
Transportes Aquaviários (Antac), Advocacia-Geral da União, Secretaria do
Patrimônio da União (SPU), Tribunal de Contas da União (TCU) e
Ministério da Educação (MEC).
Em nota oficial, a Secretaria de Aviação Civil informou que o ministro
Wagner Bittencourt solicitou o afastamento imediato de Rubens Carlos
Vieira do cargo de diretor de Infraestrutura Aeroportuária da Anac e a
abertura de processo administrativo.
Ontem (23), a PF prendeu seis pessoas acusadas de participar de
organização criminosa que funcionava infiltrada em órgãos federais para
favorecer interesses privados na tramitação de processos. As prisões
foram efetuadas em São Paulo, Santos e Brasília. Foram presos em
Brasília dois servidores públicos e um advogado, além de dois advogados
em Santos e um empresário na capital paulista. Ao todo, 18 pessoas foram
indiciadas.
Leia a íntegra da nota da Secretaria de Comunicação da Presidência da República:
"Por determinação da Presidência da República, todos os servidores
indiciados na Operação Porto Seguro da Polícia Federal serão afastados
ou exonerados de suas funções. Todos os órgãos citados no inquérito
deverão abrir processo de sindicância. No que se refere aos diretores
das agências, foi determinado o afastamento, com abertura do processo
disciplinar respectivo."
Edição: Davi Oliveira
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