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sexta-feira, 1 de junho de 2012

Seturn volta a registrar assaltos a ônibus em Natal


A história parece se repetir nos transportes coletivos de Natal. A sequência de assaltos a ônibus na capital potiguar volta a assustar usuários, motoristas e cobradores. Segundo dados repassados pelo  Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros, nos últimos 15 dias, houve 18 casos de assaltos a ônibus que fazem as linhas dentro da capital. De acordo com o diretor do Sindicato, Augusto Maranhão, a empresa que mais sofre com as ações criminosas é a Guanabara, por possuir o maior número de veículos nas ruas e realizar os trajetos onde há maior incidência dos crimes.

O trecho da avenida Bernardo Vieira entre a Avenida 6 e o viaduto da Urbana, por exemplo, é citado por Augusto Maranhão como um dos mais críticos com relação à ocorrência de assaltos. Os bairros Planalto, Rocas, Areia Preta, Mãe Luíza e Cidade Nova também aparecem entre os locais de mais incidência de abordagens por parte de criminosos aos ônibus. Maranhão acredita que somente com a implementação de um trabalho "mais ostensivo" da Polícia Militar de abordagem aos transportes coletivos esta realidade possa ser mudada. "A polícia precisa estar diuturnamente fazendo blitz para conter essas ações. Com o menor relaxamento, o problema volta", explicou o empresário.

Do outro lado, o coronel da PM Alarico Azevedo, comandante do policiamento na Região Metropolitana, afirma que diariamente os policiais realizam barreiras em horários e locais diferentes da cidade. O comandante-geral da PM no Rio Grande do Norte, coronel Francisco Canindé de Araújo Silva, confirmou as informações repassadas por Alarico. Segundo o comandante, as blitzen, inclusive, têm dado resultado, com a prisão de vários assaltantes que poderiam agir nos coletivos. Araújo diz ainda que a polícia lida também com a grande quantidade de ônibus na capital. A frota de circulação de diária de ônibus em Natal é de 800 veículos, realizando quatro viagens cada, num total de 3.200 viagens por dia. Além de dar conta da segurança dos ônibus, a PM precisa também cobrir as demais regiões da capital, e uma priorização no combate aos assaltos a ônibus desfalcaria o efetivo nas demais localidades da capital potiguar.

Em janeiro deste ano houve um aumento de assaltos a transportes coletivos em Natal. Mais de 30 crimes foram registrados. A Polícia Militar realizou uma operação de combate. Após a "Operação Transporte Seguro", fevereiro foi considerado tranquilo pelas autoridades e empresários. 

Audiência de conciliação descarta greve de motoristas

Representantes dos sindicatos das empresas (Seturn) e dos trabalhadores em transporte de Natal (Sintro/RN) discutiram a possibilidade de acordo em relação a algumas cláusulas do Dissídio Coletivo da categoria, e afastaram completamente qualquer possibilidade da realização de uma nova greve.

Durante a audiência de instrução do Dissídio Coletivo realizada no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-RN), ficou acordado entre as partes um reajuste salarial de 6% para os trabalhadores e praticamente definido o percentual 15% de reajuste do vale-refeição, que tem valor diferenciado entre motoristas e cobradores.

Ainda na audiência, o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano do Rio Grande do Norte (Seturn) propôs um reajuste linear de 8% sobre o vale refeição, o qual não foi aceito pelo Sindicato dos Trabalhadores (Sintro-RN).

Os rodoviários pretendiam unificar o valor do vale refeição para motoristas e cobradores. O Seturn apresentou nova proposta de reajuste linear de 15% para o vale refeição e a contratação de seguro de vida para motoristas e cobradores.

Durante a discussão, o Ministério Público do Trabalho apresentou além do aumento linear de 15% do valor do vale, a equiparação gradativa do valor pago aos cobradores, nos próximos três anos, em acréscimos de 33,33% anuais, até que, ao final, sejam unificados os valores pagos a motoristas e cobradores.

Após essas negociações, se conciliados pelas entidades sindicais, os termos do acordo serão enviados ao TRT/RN, para homologação do Dissídio Coletivo pelo Tribunal Pleno. 
fonte: tribuna do norte

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