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segunda-feira, 4 de junho de 2012

Seca: de Luís Gomes para o Brasil


Deu na Folha
A seca que devasta lavouras e rebanhos no sertão nordestino avança sobre as áreas urbanas, provocando racionamento ou falta de água potável em 158 cidades, segundo levantamento da Folha nos nove Estados da região.
Dezenas de reservatórios que abastecem as cidades entraram em colapso. Carros-pipa, que até então atendiam apenas a zona rural, são vistos agora no centro de pequenos e médios municípios.
O Exército, que controla a distribuição de água em oito dos nove Estados nordestinos -além do norte de Minas Gerais-, socorre cerca de 2,84 milhões de pessoas. Só o Maranhão, com uma cidade em situação de emergência, não consta da lista dos militares.
Sem previsão de chuva para os próximos meses, 997 dos 1.794 municípios do Nordeste decretaram estado de emergência. A Secretaria Nacional de Defesa Civil já reconheceu 813 pedidos.
Em situação de emergência, o prefeito de um município atingido pela seca recebe de maneira mais fácil recursos do governo federal.
No Rio Grande do Norte, o governo afirma gastar R$ 200 mil por mês para levar todos os dias 160 mil litros de água às áreas urbanas de Luís Gomes (442 km de Natal) e Antônio Martins (375 km de Natal). Os reservatórios da região secaram, e as cidades dependem dos carros-pipa.
Em Luís Gomes, onde vivem 9.610 pessoas, há quem ainda pague por mais água. Para garantir o abastecimento da sua pizzaria, Raimundo Fernandes compra de mil a 2.000 litros por semana.
“Desde novembro a situação está assim. Antes, a gente tinha água na torneira.” O microempresário paga R$ 20 por mil litros. No final do mês, o gasto extra chega a R$ 160.
fonte: laurita arruda 

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