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segunda-feira, 15 de junho de 2020

206 mil que receberam os R$ 600 têm lanchas, empresas ou doaram nas últimas eleições.



As distorções encontradas pela Controladoria Geral da União (CGU) no País sobre o pagamento do auxílio emergencial vão muito além do que imaginamos.  

Ao peneirar CPFs de milhões de brasileiros, cruzando bases de dados diversas com a lista do auxílio, o órgão já sabe quantos donos de lanchas e iates, empresários com firma ativa de médio e grande porte, proprietários de veículos acima de R$ 60 mil, doadores de dinheiro na última campanha eleitoral ou gente com domicílio fiscal fora do Brasil também foram contemplados com a ajuda de R$ 600 para atravessar as "dificuldades financeiras" da pandemia do coronavírus.

Contagem parcial identificou que mais de 206 mil nomes aparecem apenas nesses perfis de bens e despesas citadas. Pelos patrimônios descritos, haveria "potencial incompatibilidade" (termo usado pela CGU) para que recebessem o benefício. São registros de quem teve no mínimo uma ou duas parcelas do dinheiro liberado - sacado ou transferido para contas bancárias.

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