As gravações da PF (Polícia Federal) que fazem parte do inquérito do STF (Supremo Tribunal Federal) contra o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) indicam a contratação de funcionários fantasmas em seu gabinete, a pedido do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
De acordo com relatório, o senador comunicou a Cachoeira que estava exonerando servidores do seu gabinete. Segundo anotações da polícia, a contratação se deu, aparentemente, a pedido de Cachoeira.
Na conversa, que aconteceu no dia 22 de junho de 2009, às 15h32, Demóstenes informa a Cachoeira que precisaria demitir dois funcionários, uma mulher de nome Quênia e um homem não identificado, porque estariam “procurando servidores fantasmas”.
O senador diz que as demissões serão necessárias por causa de uma “caça às bruxas” para checar possíveis irregularidades nos gabinetes.
Ele também explica a Cachoeira que não é uma decisão final, garantindo que “daqui a uns dois, três meses a coisa aquieta e a gente retoma”.
A íntegra do documento foi divulgado na sexta-feira (27) pelo site Brasil 247 e traz parte das gravações feitas pela PF na Operação Monte Carlo, que começou em 2008 e investigou a quadrilha que explorava jogos ilegalmente.
Procurado pela reportagem, o advogado de Demóstenes, Antonio Castro de Almeida Castro, o Kakay, não foi encontrado.
Fonte: R7
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