Sindicância evitou um desvio de R$ 17 milhões
Comissão do TJRN concluiu ontem último relatório sobre desvio de precatórios
Fernanda Zauli
Fernandazauli.rn@dabr.com.br
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Além de Carla Ubarana, outras oito pessoas receberam dinheiro dos precatórios. Foto: Reprodução/InterTV |
O trabalho da comissão de sindicância do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) conseguiu evitar que cerca de R$ 17 milhões fossem desviados do setor de precatórios. Durante o trabalho de apuração, a comissão se deparou com guias de pagamentos de precatórios assinadas e preenchidas em nome dos laranjas do esquema prontas para serem sacadas. O terceiro e último relatório da comissão instituída para apurar irregularidades no setor de precatórios do TJRN foi concluído na tarde de ontem e traz documentos que comprovam o desvio total de R$ 14.122.740,00. Os desembaragadores Rafael Godeiro e Osvaldo Cruz são citados no relatório final.
Uma fonte ligada à comissão confirmou que foram encontradas guias de pagamentos expedidos em nome dos laranjas do esquema e contas abertas em bancos prontas para receber montantes desviados do setor de precatórios do TJRN. Apesar de não constar deste último relatório da comissão de sindicância, o valor total que seria desviado deve ser mencionado no próximo relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Além de Carla Ubarana, George Leal, e a Glex Empreendimentos Ltda (empresade George), outras oito pessoas receberam indevidamente dinheiro dos precatórios do TJRN e são consideradas "laranjas" na fraude. O último relatório da comissão de sindicância traz os nomes de Albertina Pereira de Andrade, que efetuou um saque no valor de R$ 22.115,00; Iranete Pereira de Andrade; que realizou um saque também no valor de R$ 22.150,00; Maria dos Prazeres, que realizou cinco saques totalizando R$ 29.700,00; Valmir Fernando Silva, que realizou um saque no valor de R$ 79.960,00, além dos já citados Claúdia Sueli, Carlos Fasanaro, Carlos Palhares e Tânia Maria da Silva.Além de ser entregue à presidência do TJRN, o relatório deverá ser enviado ao Superior Tribunal de Justiça, Conselho Nacional de Justiça e Ministério Público Estadual. O teor do relatório da comissão não foi divulgado pela presidência do TJRN. Procurado pela reportagem do Diário de Natal, o desembargador Caio Alencar, presidente da comissão de sindicância, preferiu não comentar o teor do relatório.
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