
Prática comum no presídio, considerado de segurança máxima, o detento teve acesso a um aparelho celular e fez uma ligação para o radialista Damião Oliveira, da cidade de Jucurutu na noite de segunda-feira (11).
Em entrevista que durou aproximadamente 15 minutos, Pai Bola fez revelações sobre a nova estrutura do Sindicato do Crime, alterada depois que os antigos líderes da facção criminosa foram transferidos para Rondônia.
Segundo ele, os novos comandantes passaram a ordenar mortes dentro e fora do presídio em cidades como Natal, Mossoró, Caicó e no estado vizinho da Paraíba.
Entre os que estão “marcados para morrer”, estão o juiz de execuções penais Henrique Baltazar; Dinorá Simas, diretor do Presídio Provisório da Zona Norte; e o diretor de Alcaçuz, Ivo Freire.
O próprio Pai Bola estaria também na lista. Por isso, segundo ele, o desejo de procurar a imprensa. “Foi decretado pelo Sindicato que eu vou morrer”, diz.
Outro plano do grupo, segundo ele, é incendiar postos de combustíveis da capital.
“Ele estão achando que mandam no estado, que todo mundo perdeu para eles já. E o que eu estou vendo é isso mesmo. O Sindicato está pintando e bordando aqui dentro de Alcaçuz”, diz o detento, que está preso há doze anos.
Durante a entrevista, Antônio Fernando de Oliveira confessa ter cometido quatro assassinatos dentro do presídio durante os 12 anos em que está preso lá. Um dos mortos, ele conta, foi esquartejado.
A reportagem do NOVO tentou contato com todas as autoridades citadas pelo preso. Apenas o juiz Henrique Baltazar, da Vara de Execuções Penais, atendeu às chamadas.
“Ele não falou nada que seja surpresa para mim”, disse o magistrado, que já recebeu diversas ameaças públicas de morte nos últimos anos.
Segundo ele, a força de atuação dessas facções deveria ser motivo de maior preocupação por parte das autoridades de Segurança Pública.
Com informações NOVO JORNAL
Nenhum comentário:
Postar um comentário