O edital para implantação do Estacionamento Rotativo pago através de aplicativo em Natal será publicado em agosto, segundo previsão da STTU (Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana). O novo sistema com uso da tecnologia dos aplicativos de celular vai disponibilizar 2.180 vagas em 69 ruas de nove bairros da capital.
De acordo com o projeto, o Estacionamento Rotativo será implantado em duas etapas. A primeira contempla 41 ruas dos bairros Alecrim, Cidade Alta, Ribeira e Tirol; a segunda, terá 28 ruas em Petrópolis, Cidade Alta, Ponta Negra, Lagoa Nova e Lagoa Seca.
O presidente da Câmara dos Diretores Lojistas (CDL-Natal), Augusto Vaz, explicou que a novidade é uso da tecnologia dos aplicativos. Há cinco anos a entidade discute com a Prefeitura a melhor forma de implantar um sistema de estacionamento rotativo que seja eficaz para áreas de comércio de rua em Natal. A empresa de consultoria Via 11 – Engenharia de Segurança Viária Ltda desenvolveu o aplicativo para a CDL e a discussão do projeto do retomada. “O estudo foi discutido com a classe empresarial dos diversos bairros em reuniões”, frisou Augusto Vaz. Depois, o projeto também foi discutido e apresentado à Prefeitura. No projeto original constavam Alecrim, Cidade Alta, Ribeira, Tirol e Petrópolis, e a STTU acrescentou Ponta Negra, Lagoa Nova e Lagoa Seca.
A vantagem do projeto Estacionamento Rotativo é que ele conta com o apoio dos empresários e deverá revigorar o comércio de rua, apostou o presidente da CDL. Segundo ele, motoristas apontam a segurança e a falta de estacionamento como principais problemas para não comprar no comércio de rua.
Para os proprietários de lojas de rua fica difícil manter seu comércio de rua porque as vagas atuais em trechos de grande circulação ficam ocupadas por um longo período impedindo a rotatividade de clientes, afirmou Augusto Vaz.
Até chegar ao modelo rotativo com uso de aplicativo de celular, a Via 11 estudou outros modelos de estacionamento, mas que não se mostraram viáveis, ou pelo número reduzido de vagas ou pelo alto custo.
Chegou-se então à proposta do estacionamento rotativo, implantado em Governador Valadares, Minas Gerais. Ou seja, transformar as vagas públicas em estacionamentos rotativos. “Um modelo que se paga pela proporção de uso”, frisou.
Nos bairros alvo do projeto inicial da CDL há 12 mil vagas disponíveis ao público/consumidor. Com o estacionamento rotativo pago, de acordo com o projeto, serão utilizadas cerca de 2.180, restando 9.820 vagas gratuitas nas ruas que não vão constar no aplicativo.
Preços serão a baixo custo
Outra vantagem, apontou Augusto Vaz, é o preço cobrado ao consumidor que será por hora ou proporcional. Um exemplo citado por ele é de uma pessoa que vai ao Alecrim resolver alguma coisa em um espaço de dez minutos vai pagar apenas R$ 0,33. “O valor é irrisório dentro das expectativas”, comparou.
A hora vai custar R$ 2,00 e trinta minutos, R$ 1,00, enquanto 10 minutos custará R$ 0,33 e um minuto, R$ 0,03. Não será permitido ficar mais de duas horas no rotativo.
Na rua Campos Sales, em Tirol e Petrópolis, por exemplo, há disponíveis quatro faixas para estacionamento. As duas de cada lado da calçada ficarão para o estacionamento livre e as duas em cada lado do canteiro central serão para o rotativo.
Augusto Vaz disse que o prefeito Álvaro Dias é um aliado do projeto que vai destinar um percentual do valor recolhido, de 20%, para ser investido no bairro das ruas listadas. Com a previsão de lançamento do edital para agosto, o presidente da CDL disse que em dezembro, durante o período natalino, o sistema já deverá estar funcionando.
Pelo projeto, a fiscalização do estacionamento rotativo ficará a cargo da Prefeitura através da STTU. Também foi sugerido que a empresa vencedora da licitação contrate monitores, que, por um smartphone, vai digitar o número da vaga e a placa para verificar se o veículo tem crédito. Caso não tenha crédito, através de um comando no celular, ele avisa ao guarda de trânsito que multará o veículo estacionado irregularmente.
Na contratação dos monitores, a preferência será para os flanelinhas cadastrados pela Secretaria Municipal de Assistência Social (Semtas). Se todas as vagas não forem ocupadas, a preferência será de pessoas do primeiro emprego.
Segundo Augusto Vaz, em cidades como Governador Valadares, espelho do modelo escolhido pela CDL Natal, os flanelinhas estão migrando para as ruas laterais.
Tribuna do Norte
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