O estoque da dívida pública federal teve em março alta de 4,79%, passando de R$ 2,329 trilhões, em fevereiro, para R$ 2,441 trilhões, informou nesta segunda-feira o Tesouro Nacional. Foi o maior aumento desde abril de 2010, quando a alta foi de 6,02%.
O principal responsável foi uma emissão líquida (emissões menos resgates) de títulos públicos no valor R$ 70,19 bilhões no período. A emissões corresponderam a R$ 147,15 bilhões, enquanto os resgates alcançaram R$ 76,96 bilhões. A dívida também se elevou em função dos juros que corrigem o estoque e que somaram R$ 41,39 bilhões.
Os títulos prefixados aumentaram sua participação no endividamento público em março. Essa parcela cresceu de 39,71% em fevereiro para 41,08% no mês passado. Já os papéis indexados a índices de preços recuaram de 35,25% para 34,62% no mesmo período. Os títulos remunerados pela Taxa Selic, por sua vez, reduziram sua fatia de 20,01% para 19,13% na dívida.
Entre os detentores de títulos, as instituições financeiras e os investidores estrangeiros elevaram sua participação no estoque em março. No primeiro caso, a fatia subiu de R$ 614,19 bilhões para R$ 634,40 bilhões. Já a parcela dos estrangeiros cresceu de R$ 448,95 bilhões para R$ 469,61 bilhões.
Ainda de acordo com o Tesouro, as emissões do programa Tesouro Direto em março atingiram R$ 1 bilhão, enquanto os resgates corresponderam a R$ 457,03 milhões, o que resultou em emissão líquida de R$ 544,74 milhões. Os títulos mais demandados pelos investidores foram os remunerados por índice de preços, que responderam por 50,97% do montante vendido.
O estoque do Tesouro Direto alcançou R$ 16,724 bilhões, o que representa um acréscimo de 4,90% em relação ao mês anterior. Os títulos com maior representação no estoque são as NTN-B Principal, que correspondem a 44,32% do total.
Em relação ao número de investidores, 12.570 novos participantes se cadastraram no Tesouro Direto em março, levando o total de investidores a 484.275, o que representa um incremento de 23,40% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O Globo
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