A nossa região sempre teve sua economia gerada na agricultura (a maioria de subsistência) e na pecuária, hoje a realidade não é essa, a vinda de parques eólicos proporcionou um grande rápido desenvolvimento que ainda está em ascensão, além das empresas gerarem empregos, novos empregos foram gerados com o aumento de restaurantes, pousadas, bares e demais comércios que surgiram para suprir as demandas das empresas eólicas.
Apesar dessa rápida mudança na economia da região, ainda existe muitos criadores de animais e pessoas que encontram na agricultura um complemento para sua renda familiar. A falta de chuvas tem tornado difícil a vida dessas pessoas, quem planta não dispõe de condições que possibilitem que tal atividade seja desenvolvida, sem chuva fica impossível arar as terras para serem semeadas. Há aqueles que recorrem à prática da irrigação, porem o custo é alto e se torna inviável para o pequeno agricultor.
A falta das chuvas também prejudica os criadores de animais que veem à cada dia seus rebanhos diminuírem com a morte ou venda, muitos criadores preferem vender seus rebanhos à preços baixíssimos do que perder de tudo.
Analisando a atual situação da região observamos um enorme contraste, vemos centenas de máquinas gigantes instaladas nas propriedades de grandes e pequenos proprietários, filas e mais filas de torres “rodando” dentro de terras secas, onde o sol castiga o solo e o resto de mata que ainda existe nessas propriedades. Quem anda por o entorno dos parques eólicos vê a oposição acentuada entre as novas tecnologias que cada vez mais ganham espaço e a seca que acomete a região.
Esperamos que o clima mude e que chuvas venham a chegar para resolver o problema da seca, nos últimos dias tem caído pequenas chuvas que ainda não animam o trabalhador, as chuvas que caíram não foram suficientes para amenizar a situação de quem vive da agricultura e pecuária. Mas, como confiantes que somos, esperamos em Deus que esse cenário venha à mudar nos próximos dias.
Blog de Pereiros
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