Grupo utilizava armamento pesado, como metralhadoras capazes de derrubar aviões |
A Polícia Civil em Belo Horizonte (MG) apresentou nesta sexta-feira Rubens Ramalho de Araújo, 43 anos, considerado o segundo bandido mais procurado do País. Ele foi preso na quinta-feira na cidade de Palmas (TO) e transferido para a capital mineira. Rubão, como é conhecido, é suspeito de chefiar a quadrilha que comete a modalidade de crime conhecida como "Novo Cangaço", em que os criminosos cercam cidades com armamentos pesados e, depois de fazer os habitantes reféns, levam tudo que podem de carros-fortes e agências bancárias.
Contra Rubão existem 19 mandados de prisão em oito Estados - Minas Gerais, Paraíba, São Paulo, Mato Grosso, Piauí, Maranhão, Bahia e Ceará. De acordo com uma fonte da Polícia Civil ouvida pelo Terra, que pediu para não ter nome e cargo divulgados, a atuação da quadrilha era maior no interior dos Estados.
"Ele praticava assaltos há mais de 10 anos. Sempre agia em cidades do interior e em dias de muito movimento nos bancos. Geralmente cidade onde circulava grande quantidade de dinheiro", afirmou a fonte. As ações do bando chamam a atenção pela violência e terror às vítimas que estavam nos locais no momento dos assaltos.
"É uma quadrilha que agia pelo impulso, com muita frieza e sempre em locais com muito movimento. Essa era inclusive uma arma deles, já que isso inibe a atuação da polícia, uma vez que existem reféns no local. Eles atiravam para todos os lados e usavam armamentos pesados, usados inclusive em guerras", completou a fonte.
Paraibano, Rubão foi preso na periferia de Palmas (TO) por policiais da 1ª Delegacia Especializada de Repressão a Organizações Criminosas (Deroc) de Belo Horizonte, após um ano de investigações.
No ano passado, Rubão chegou a ser preso no Piauí, mas conseguiu fugir. Ele usava pelo menos três identidades falsas, com os nomes de João Batista Oliveira, Antônio de Sousa e Fábio Cavalcante.
Em uma das vezes que foi preso, o assaltante estava com um arsenal que incluía carregadores de pistola 380, um fuzil AK 47, uma pistola 45, munição de pistolas de calibres .40 e .45, além de sete bananas de dinamite, estopim de nove metros e 11 espoletas, usadas para explodir blindados.
"Posso definir como um bandido extremamente perigoso. Consegue armamentos pesados para interceptar carros-fortes e destruir agências bancárias. Além dos explosivos para caixas-eletrônicos", afirmou a fonte.
Novo Cangaço
Em Minas, um dos mandados de prisão contra Rubão é referente a um assalto ocorrido em maio de 2008. A quadrilha seguiu um carro-forte que iria de Santana do Paraíso, no leste de Minas Gerais, para a cidade de Ipatinga, no Vale do Aço. Durante a ação de interceptação do veículo, dois seguranças foram baleados e mortos. Foram usados armamentos de uso exclusivo das Forças Armadas.
Em Minas, um dos mandados de prisão contra Rubão é referente a um assalto ocorrido em maio de 2008. A quadrilha seguiu um carro-forte que iria de Santana do Paraíso, no leste de Minas Gerais, para a cidade de Ipatinga, no Vale do Aço. Durante a ação de interceptação do veículo, dois seguranças foram baleados e mortos. Foram usados armamentos de uso exclusivo das Forças Armadas.
Rubão ainda é considerado o mais experiente assaltante a banco do Nordeste do País. Em 2010, ele assaltou uma agência do Banco do Brasil em Colinas (MA). O bando chefiado pelo paraibano levou R$ 2 milhões nesta ação.
Em 2007, outra ação chamou atenção pela ousadia. A quadrilha invadiu o Shopping Iguatemi (SP) e roubou malotes que eram recolhidos da agência da Caixa Econômica Federal. Neles, havia cerca de R$ 480 mil.
João da Ponto 50
A Polícia Civil deve investigar agora a possível ligação entre Rubão e João Ferreira Lima, conhecido também por João Ponto 50 ou ainda João de Goiânia. Considerado o "Rei do Cangaço", ele foi preso após cometer diversos assaltos a bancos da mesma forma como agia a quadrilha de Rubão.
A Polícia Civil deve investigar agora a possível ligação entre Rubão e João Ferreira Lima, conhecido também por João Ponto 50 ou ainda João de Goiânia. Considerado o "Rei do Cangaço", ele foi preso após cometer diversos assaltos a bancos da mesma forma como agia a quadrilha de Rubão.
Quando foi preso, em 2009, João confessou ter matado o senador da República Olavo Pires, há quase 19 anos. Pires foi morto com rajadas de metralhadora, depois de vencer o primeiro turno das eleições para o governo de Rondônia, em 1990. Em um vídeo gravado pela Polícia Civil, João porta uma metralhadora ponto 50, arma capaz de derrubar aeronaves.
fonte: portal terra
Sem comentários:
Enviar um comentário