A revelação feita pelo BlogdoBG nessa segunda-feira de que a senadora Fátima Bezerra plagiou o programa de governo de Wellington Dias (PI-PT) terminou em uma das mais importantes colunas do pais, o Painel, da Folha de S.Paulo
As três notas da seção editada por Daniela Lima destaca entre outras coisas: “Blogueiros do estado foram analisar o programa registrado por Fátima na Justiça e encontraram trechos inteiros copiados do plano apresentado pelo governador Wellington Dias (PT-PI) em 2014”.
O material foi revelado em primeira mão pelo BlogdoBG e repercutido no resto do Estado.
A repercussão levou a senadora a trocar o programa de governo. No início dessa terça-feira, sua assessoria divulgou novo conteúdo em que as menções ao Piauí foram corrigidas.
Ao mesmo tempo, a seção que havia sido inteiramente transcrita do programa de Wellington Dias sobre saneamento foi retirada.
A assessoria destaca que “foram promovidos ainda seminários regionais com a presença de mais de 2.000 pessoas em todo o RN e aberto o site www.rnqueopovoquer.org, por meio do qual foram recebidas mais de 900 sugestões”.
Programa de governo de Fátima traz promessas ao povo do Piauí; documento plagia propostas de Wellington Dias
A candidata do PT ao governo do RN, senadora Fátima Bezerra, plagiou o programa de governo que Wellington Dias, governador do Piauí, cadastrou em 2014 para disputar a eleição daquele estado.
O documento apresentado por Fátima aos potiguares traz promessas ao povo do Piauí exatamente como consta no texto de Wellington. O material da senadora ainda guarda semalhança em sua estrutura com o documento do correligionário do Piauí.
Através de sua assessoria de imprensa, a senadora Fátima Bezerra explicou a situação.
“Abraçamos propostas já comprovadamente eficientes que atendem aos anseios e necessidades identificadas nos nossos seminários e nas nossas consultas. O PT, não só do Piauí, tem inúmeros ‘cases’ de sucesso. Nós governamos municípios e governos e o país por 13 anos…. Vocês acham que podemos ignorar essa experiência? Claro que não. Nós temos é que nos inspirar em bons exemplos para fazer o modelo para o RN funcionar”, disse a candidata.
Plano de governo é pré-requisito para registro de candidatura. Sem apresentá-lo, o candidato pode não obter a autorização para disputar a eleição. Não há, no entanto, previsão legal que fale sobre plágios de propostas e como isso pode afetar um projeto de candidatura.
Comparativo
O caso chegou à reportagem na tarde desse domingo. Em menos de um minuto foi possível checar a autenticidade da denúncia através de uma busca refinada, que revelou as promessas de 2014 ao povo do Piauí inseridas no programa de Fátima de 2018 aos potiguares.
Uma das análises resultou na exata transcrição do seguinte trecho, que consta no plano de Fátima: “Implantar Programa de redução efetiva das perdas de água com soluções
técnicas e um rigoroso processo educativo junto às comunidades piauienses de combate ao desperdício de água”.
A transcrição desse trecho não é a única. As propostas que Wellington Dias apresentou ao Piauí sobre saneamento em 2014 foram integralmente colocadas no plano de governo de Fátima para 2018, incluindo a peculiaridade piauiense de ampliar para 80% a rede de esgoto do estado.
Noutro trecho do documento, a equipe que cuidou do plano de governo da senadora esqueceu de substituir Piauí por Rio Grande do Norte no primeiro referencial de estado da seguinte proposta:
“Desenvolver e implantar a Tabela de Preços de Custos e Insumos do Estado do Piauí para serviços e obras de engenharia, a exemplo do Ceará, Piauí e de Pernambuco, com o intuito de auxiliar aos profissionais da área de
orçamentação e contratação de obras ou serviços de engenharia realizados com recursos públicos, balizando e padronizando os custos com este tipo de contrato”.
No documento de apresentação, o plano de governo de Fátima é descrito como resultado “do esforço e reflexões de alguns milhares de pessoas, envolvidas de forma voluntária e comprometidas, tanto através de uma plataforma de coleta de informações em seminários temáticos”.
O material, diz sua descrição, foi coordenado por comissão formada por membros do PT, PCdoB e PHS. O próprio documento diz que a comissão buscou informações em programas “de Governos dos Estados do
Maranhão, Bahia, Paraíba, Ceará, Piauí e Pernambuco”.
Blog do BG
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