Euripedes Dias

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

O fechamento da chapa com Alves, Rosado e Maia: Os velhos, cansados e inoperantes.

Blog de Neto Queiroz

Desde domingo passado, após uma reunião no apartamento do senador Garibaldi Filho, que se noticia o acordo para fechamento da chapa envolvendo PDT/PP/PMDB/DEM. Carlos Eduardo Alves para o governo, um vice indicado por Rosalba Ciarlini e a dobradinha para o Senado com Garibaldi Filho e José Agripino.

O mais do mesmo. Alves, Rosado e Maia. Os mesmos que dominam a política do Estado há mais de 30 anos.
De um lado, os que veem essa chapa como um retrato da falta de sensibilidade dessa turma que insiste em não enxergar o sentimento nacional de reprovação a tudo o que eles representam.

Do outro lado, os que veem uma chapa bem estruturada, com os maiores partidos com diretórios bem consolidados em todos os municípios do Rio Grande do Norte.A discussão então se foca no dueto de argumentos: a estrutura de um palanque é o mais importante ou a sintonia com anseios e aspirações da sociedade.

Penso que numa eleição proporcional, a estrutura é o mais significativo. Mas na disputa majoritária, isso não é decisivo. Temos como exemplo 2014 onde Henrique Alves montou uma chapa com uma infinidade de siglas. E perdeu.
O que vejo é que essa chapa anunciada com Carlos, o vice de Rosalba, Garibaldi e Agripino, é velha, corroída, cansada. E que o eleitor está farto dessa gente.

A junção de Alves, Rosado e Maia numa única chapa é prato cheio para a oposição. É refeição farta para quem tem discurso contra essa mesmice. Essa turma domina o Estado há décadas. E qual herança eles nos deixaram? Vivemos sob um RN falido, sem perspectivas, atrasado, emplacando os últimos lugares em tudo que é ranking. Exceto os da violência, onde somos os primeiros.

O velho e corroído palanque de Alves, Rosado e Maia, é produto de uma visão estreita dos velhos líderes, acostumados a fechar chapas nas suas reuniões regadas a champanhe e em seguida ver o eleitor confirmando tudo na urna.
A derrota de Henrique foi uma lição que essa turma não aprendeu. E olhe que nem estou qualificando essa chapa pela quantidade de processos e investigações judiciais, mas apenas pelo que ela representa de velho e inócuo. Da mesmice que carrega em si mesma.
O caminho está escancarado para o surgimento de um nome novo. Quando falo em novo, esclareço, que não se trata de novo apenas por ser nome não testado, novo na essência. Não penso que o eleitor votará no novo apenas por ser novo. Robinson Faria contra Henrique foi o falso novo, foi um engodo da representação da novidade, embora tivesse sido gestado dentro do que havia de mais velho da política no RN.

Esse novo tem que estar associado a uma história de vida que inspire confiança, capacidade demonstrada de boa gestão e acima de tudo que transmita confiança na possibilidade de um futuro melhor. Resumindo: novo com credibilidade.
A junção em 2018 de Alves, Rosado e Maia está me parecendo enredo de final de filme onde os vilões se reúnem todos num mesmo local, dando oportunidade ao herói do filme de destruí-los todos de uma só vez. Uma parte do enredo já está montada, estamos à espera do herói que ainda não foi apresentado ao expectador.

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