Todos os meses 200 pessoas morrem no Complexo Hospitalar Monsenhor Walfredo Gurgel. O maior hospital público do estado do Rio Grande do Norte, localizado em Natal, recebe mensalmente sete mil pacientes. Deste número, dois mil são encaminhados para internação, como a unidade só conta com 284 leitos, uma média de 70 doentes são tratados diariamente em macas nos corredores. Os dados são da própria diretora, a médica Maria de Fátima Pereira Pinheiro.
Terça-feira (05), em vistoria técnica realizada por representantes do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed/RN), a situação estava ainda pior. 80 macas lotavam as passagens, muitas delas improvisadas em colchões no chão. Nesta situação, 39 estavam acometidos de fratura de fêmur e sete com ruptura da bacia.
Muitos há mais de um mês, como é o caso da jovem de 17 anos Niedja da Silva que deu entrada no Walfredo no dia 06 de dezembro devido um acidente motociclístico. A estudante quebrou a bacia e até a última terça ainda não havia sido encaminhada para cirurgia, correndo sérios riscos de sequelas permanentes. Situação lamentável que se delonga por entraves no convênio firmado entre Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (SESAP/RN) e o Hospital Memorial.
Como se não bastasse, outros seis internos também podem vir a óbito a qualquer momento por falta de diálise. Tratamento imprescindível para quem possui disfunções renais e não consegue eliminar água ou produtos de excreção do sangue. O problema se deve também a estorvos entre a empresa terceirizada responsável pelo procedimento e a SESAP/RN.
Com informações: Sinmed RN
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