Após reunião com correligionários, líderes do PMDB anunciaram o rompimento oficial e a entrega de cargos do Governo do Estado.
Ao romper com a governadora Rosalba Ciarlini no mais difícil momento da atual gestão estadual e a dez meses das convenções partidárias que vão escolher os candidatos às próximas eleições, o PMDB confirma a sina de aderir a governos e abandoná-los nas horas difíceis.
Foi assim com a então prefeita Micarla de Souza. Foi assim com a governadora Rosalba Ciarlini. Há quem chame isso de comer a carne e só largar quando está somente o osso.
Foi assim com a então prefeita Micarla de Souza. Foi assim com a governadora Rosalba Ciarlini. Há quem chame isso de comer a carne e só largar quando está somente o osso.
No plano federal, o partido tem um relacionamento pra lá de ambíguo com o governo da presidente Dilma. Tem cinco ministérios, milhares de cargos e é quem mais pressiona o Planalto quando se trata de liberação de emendas parlamentares, negociação em torno de aprovação de projetos e manutenção de vetos.
Voltando à cena estadual: o PMDB se dividiu nas eleições de 2010. Garibaldi Filho apoiou Rosalba, a quem já apoiara para o Senado em 2006 quando ele tentou voltar ao governo e foi derrotado por Wilma de Faria.
Henrique Alves ficou com o governador Iberê Ferreira, colega no antigo MDB e na Câmara dos Deputados. Quando Rosalba Ciarlini se elegeu governadora, o PMDB reuniu os dois lados e juntos, os primos Garibaldi e Henrique passaram a apoiar o governo de Rosalba.
Insatisfeito, Garibaldi passou a defender, desde 2012, o rompimento. Henrique manteve o apoio e quando se elegeu presidente da Câmara dos Deputados, intensificou a ajuda, tentando construir o discurso de que agia e age em beneficio do Rio Grande do Norte.
Quando Garibaldi finalmente decidiu romper, Henrique decidiu acompanhá-lo. Pesou para isso a constatação, baseada em pesquisas feitas para consumo interno e externo, que Rosalba vive uma situação irreversível do ponto de vista da viabilidade eleitoral. O projeto da reeleição está ameaçado e o PMDB não quis permanecer no barco à deriva.
Argumentos não faltam: Rosalba não ouve, Rosalba centraliza demais, Rosalba isso, Rosalba aquilo. As criticas na verdade tem como alvo o marido da governadora, Carlos Augusto Rosado, quem controla tudo no governo.
O PMDB preparou o discurso para sair por cima, mas deixou a clara impressão de que comeu, ou pelo menos tentou, toda a carne que conseguiu. E agora deixa o governo de Rosalba somente no osso.
As bases peemedebistas comemoram o rompimento e preparam a candidatura própria.
O PMDB só tem agora disponível a carnuda administração federal, com seus orçamentos e muitos cargos. E um projeto viável de reeleição. Esse osso, com muita carne, o PMDB não pretende largar não. A não ser…
Blog do BG
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