Foto: Demis Roussos/ASSECOM-RN
O secretário adjunto da Saúde do RN, Petrônio Spinelli, fez um apelo, nesta segunda-feira, 18, para que prefeituras, empresas e a população redobrem os esforços e adiram maciçamente às medidas de proteção contra o novo coronavírus. Isto por que, esta semana, começa a ser paga a segunda parcela do auxílio emergencial que vem gerando grandes filas em todo o Estado. Estas aglomerações, em bancos, casas lotéricas e órgãos públicos para emissão de documentos, são a principal causa do crescimento do contágio em todo o país.
“Temos um grande desafio nos próximos dias. O pagamento bancário vai levar muita gente às ruas, formar filas e isso acaba favorecendo a contaminação. Faço apelo às prefeituras, às instituições bancárias e à sociedade como um todo para evitarmos que esta semana seja potencializadora de contágio, porque muitos desses casos poderão ter como consequência a morte”, alertou Petrônio Spinelli na entrevista coletiva realizada na Escola de Governo, em Natal.
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O índice de isolamento social registrado nesse domingo, 17, foi de apenas 47,93% no Estado. Número considerado muito baixo, uma vez que a recomendação dos especialistas da Organização Mundial da Saúde é de, pelo menos, 60%.
“Os dados disponíveis mostram que estamos muito próximos do colapso. Todos os esforços para abertura de leitos, feitos pelo Governo do Estado, pelas prefeituras e rede privada, não surtirão efeito se o isolamento continuar nos níveis atuais. Quem precisar sair de casa deve sempre usar máscaras. É preciso que os municípios, instituições bancárias e comerciais evitem a formação de filas e respeitem o distanciamento.
Os órgãos de saúde, a assistência social e a segurança pública devem, mais do que nunca, atuar em conjunto. Sem estes cuidados certamente daqui a alguns dias iremos lamentar o quadro de altíssima gravidade.
Nunca é demais lembrar: os números da superlotação de leitos de hoje são resultado do comportamento do grande número de pessoas nas ruas no período de 10 a 14 dias passados”, afirmou Petrônio Spinelli. O secretário explicou, ainda, que a aplicação de testes rápidos é uma responsabilidade das Prefeituras e que ao Governo cabe, apenas, recomendar a utilização desses testes.
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