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quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Escutas telefônicas revelam crime organizado querendo entrar na política do RN.

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O portal de notícias UOL fez reportagem especial sobre o avanço do crime organizado nas eleições gerais deste ano. Segundo o material jornalístico, as facções criminosas miram influência nas cinco regiões do País.

O RN aparece como um dos estados onde a situação é mais crítica.

Leia o trecho que fala sobre o RN:

“No Rio Grande do Norte, a situação parece ser ainda mais crítica. Os traficantes querem infiltrar criminosos na política local. Um relatório produzido pelo Ministério Público do RN (MPRN) indica que 33 dos 167 municípios do estado estão sob influência de facções como Sindicato do Crime e PCC. 

Interceptações telefônicas feitas pelo MPRN com autorização da Justiça, em 2016, captaram conversas entre dois suspeitos de integrarem a facção Sindicato do RN.
Alan Marcos Zico Fonseca, conhecido como Alan Bigodinho, sugere a Raimundo Kleber Benicio da Costa, o “Cego de Santa Cruz”, que a organização deveria infiltrar alguém na política. O colega dá risada e diz que isso estava sendo providenciado.

Ele conta que, durante as eleições daquele ano, foi procurado por um candidato a vereador do município de Santa Cruz pedindo autorização para ingressar em uma área controlada pela facção para “comprar votos”:

Confira a transcrição das conversas

Allan Bigodinho: Sabe o que era para nós ter feito? Era pra ter infiltrado um pessoal nosso nessa política aí.

Cego de Santa Cruz: (risos) Mas está tendo. Tem um lá na Santa [município de Santa Cruz]. Quem ligou pra mim foi Edu. Ligaram pra mim, tá ligado? Os meus vaqueiros é que foram lá, entendeu? Os vereador (sic) que pediram pra subir lá, pra comprar votos, entendeu?
Allan Bigodinho: Demorou…
Cego de Santa Cruz: Aí disse que, se ele ganhar, ele disse que fortalece lá a quebrada. Ele disse: “pode deixar que, se eu ganhar, eu tô lá por vocês”.

Quem é o candidato?

O candidato em questão não chegou a ser identificado pelos investigadores. “Não conseguimos identificar de quem é que eles estavam falando”, afirma uma fonte ouvida pelo UOL. “Não sabemos, por exemplo, se essa pessoa foi ou não eleita.”

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