Por Valor Econômico
Mais de mil concessionárias fecharam as portas no ano passado como reflexo da crise que derrubou o consumo de veículos no país ao menor patamar desde 2007. O número, divulgado ontem pela Fenabrave, a entidade que representa o setor de distribuição de automóveis, se baseia no total de empresas, por CNPJ, que pararam de faturar veículos em 2015, num sinal de que estão inativas.
Mais precisamente, 1.047 concessionárias deixaram de operar durante o ano passado, sendo mais da metade (552) formada por revendas de carros de passeio e utilitários leves, conforme divulgou o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, durante a apresentação dos resultados de 2015, quando as vendas de veículos novos, incluindo caminhões e ônibus, caíram 26,6%. Também foram fechadas 125 revendas de veículos comerciais pesados – caminhões e ônibus – e 279 de motocicletas, além de outras 91 de implementos rodoviários, informou o executivo. No total, o impacto sobre a mão de obra foi um número de demissões estimado em 32 mil pessoas.
O quadro só não foi pior porque outras 420 concessionárias foram abertas por marcas novatas que estão com redes em expansão, como é o caso da Jeep, que começou a produzir no norte de Pernambuco há cerca de um ano.
O balanço final de 2015 divulgado pela Fenabrave confirmou as vendas mais baixas em oito anos, com a queda mais acentuada em quase três décadas.
No total, 2,57 milhões de unidades – entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus – foram emplacadas durante o ano passado, o menor volume desde os menos de 2,5 milhões de veículos de 2007. O recuo de quase 27% correspondeu ao maior tombo desde 1987, ano de recessão econômica e de contração de 33,1% do consumo de veículos.
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