O Departamento de Justiça dos EUA abriu uma investigação criminal contra Petrobras para saber se houve pagamento de propina para a empresa, ou algum de seus funcionários, nas operações americanas da estatal brasileira, segundo o jornal britânico “Financial Times”. Essa investigação ocorre de forma paralela a uma segunda, feita ela pela Securities and Exchange Commission (SEC, o órgão regulador do mercado americano). A Petrobras tem recibos de ações, os chamados ADRs, negociados na Bolsa de Valores de Nova York.
A investigação do Departamento de Justiça busca descobrir se a Lei de Práticas Corruptas Estrangeiras, que proíbe o pagamento de propina para estrangeiros para obter vantagens em negócios, foi violada. A investigação procura comprovar se alguma empresa registrada nos EUA ou indivíduo pagou propina para funcionário ou representante da Petrobras para ter privilégios comerciais.
A reportagem, porém, não dá detalhes sobre as suspeitas do Departamento de Justiça americano, nem afirma quais seriam os negócios da Petrobras sob investigação no país. No início deste ano, a refinaria de Pasadena, no estado americano do Texas, se tornou alvo de investigação em função de suspeitas de superfaturamento e evasão de divisas.
O “FT” ainda menciona as últimas investigações, realizadas pela Justiça brasileira, sobre um dos “maiores escândalos de corrupção da história do país”, ressaltando que muitos dos problemas aconteceram durante o governo da presidente Dilma Rousseff. A coluna Lex, um das mais relevantes do jornalismo financeiro, cita a Operação Lava-Jato no Brasil.
Segundo o jornal, o Departamento de Justiça americano e a SEC preferiram não comentar o caso. Já a Petrobras não apresentou uma posição sobre o tema. No ano passado, a Justiça americana e a SEC denunciaram mais de 20 empresas e representantes que desrespeitaram a Leia de Práticas Corruptas Estrangeiras no país. Em um dos casos, o Departamento de Justiça apresentou uma denúncia contra depositários que negociaram propinas com representantes do Bandes, bando estatal venezuelano.
O Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário