A professora Wilma de Faria, atual vice-prefeita de Natal, e ex-governadora do Estado, parece se encaminhar rapidamente para consolidar seu nome como candidata ao governo do Rio Grande do Norte.
Uma série de fatos contribuem para Wilma confirmar essa posição.
Livre de qualquer ação administrativa mas se aproveitando dos aspectos positivos da administração de Carlos Eduardo Alves à frente da Prefeitura de Natal, Wilma navega em mares calmos.
Não fala nem opina nas polêmicas e procurar colar seu nome nas ações da Prefeitura.
Nas suas andanças pelo interior, viu seu nome crescer como possível candidata. Bastou para isso o enorme desgaste administrativo e político do governo de sua sucessora Rosalba Ciarlini.
Ninguém mais lembra do pífio governo que Wilma fez no seu segundo mandato.
E ninguém parece se lembrar que foi o desgaste do segundo governo que ajudou a Wilma a ser derrotada na campanha para o Senado.
Claro que contribuíram fatores como a frágil candidatura de Iberê Ferreira, que sucedeu Wilma no governo por nove meses e insistiu em disputar a reeleição mesmo diante de graves problemas de saúde.
Agora, em 2013, quando Wilma se prepara para disputar as eleições do ano que vem e precisa de aliados, os fatos políticos que parecem negativos se tornam fatores positivos para projeto eleitoral da ex-governadora.
Primeiro, o presidente nacional do PSB, governador Eduardo Campos, de Pernambuco, leva o partido a romper com o governo Dilma Roussef.
Depois, Eduardo Campos atrai a ex-senadora Marina Silva para uma aliança.
O rompimento e a aliança poderiam levar Wilma ao isolamento político no Rio Grande do Norte.
Mas seu nome continua muito bem posicionado para a disputa majoritária, tanto para o Governo quanto para o Senado.
O PMDB tem dificuldades para lançar um candidato próprio – bem avaliado, o ministro Garibaldi Filho não quer entrar na disputa e outros nomes não tem um desempenho confiável.
O PSD do vice-governador Robinson Faria, que há dois anos propaga sua candidatura que não consegue decolar, agora decidiu que vai apoiar a candidatura de Dilma Roussef à reeleição.
E Wilma vê crescer sua candidatura como a única alternativa fora da base aliada da presidente e candidata.
Condição que Wilma, aliada ao PT desde o segundo turno de 2002 e nas eleições de 2006, 2008 e 2010, nunca desejou. Se dependesse dela, o palanque ideal seria o de Dilma Roussef.
Mas o errado sempre dá certo para Wilma.
E o que parece ser uma candidatura sem muitos aliados políticos pode virar um forte projeto com apoio popular.
2002 que o diga.
Por BG
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