A presidente Dilma Rousseff está com ampla vantagem na corrida para se reeleger e tem potencial de voto de 76 por cento na eleição presidencial do ano que vem, mostrou uma pesquisa do Ibope para o jornal O Estado de S. Paulo divulgada nesta sexta-feira no site da publicação na Internet. Dilma tem potencial de voto -soma do percentual dos que declaram voto e dos dizem que poderiam votar em um candidato- muito superior ao de seus três prováveis adversários: a ex-senadora Marina Silva, que está sem partido mas que busca criar sua própria legenda, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).
De acordo com o Ibope, 52 por cento dos entrevistados disseram estar certos de que votariam em Dilma e outros 24 por cento afirmaram que poderiam votar na presidente. Marina aparece com potencial de voto de 40 por cento -10 por cento declararam voto nela e 30 por cento disseram que considerariam votar na ex-senadora.
Aécio aparece com potencial de voto de 25 por cento, enquanto Campos tem 10 por cento neste critério. O senador tucano e o governador socialista, no entanto, estão entre os menos conhecidos pelos eleitores, de acordo com o instituto.
O Ibope também avaliou o potencial de voto de outros nomes que não têm aparecido com tanta força, pelo menos até agora. O ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) tem 35 por cento de potencial de voto, mas grande rejeição entre os entrevistados.
O atual presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, alçado a nome nacional durante o julgamento do mensalão no ano passado, tem 17 por cento de potencial e o ex-deputado federal Fernando Gabeira (PV) tem potencial de 7 por cento.
Mais cedo, o Datafolha divulgou uma pesquisa sobre a corrida presidencial, para o jornal Folha de S.Paulo, que também apontou ampla vantagem para Dilma em sua tentativa de conseguir um segundo mandato.
A cerca de um ano e meio do primeiro turno da eleição presidencial, os contornos da disputa têm se formado em torno dos nomes de Dilma, Marina, Aécio e Campos. No fim de fevereiro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou a candidatura de Dilma à reeleição em evento para comemorar os 10 anos do PT na Presidência e o aniversário da legenda, mesmo dia em que Aécio subiu à tribuna do Senado para fazer um discurso enumerando o que considera 13 erros da gestão petista e se colocando como principal nome da oposição.
Também nesta época, Marina anunciou o lançamento de seu novo partido, a Rede Sustentabilidade e, desde então, Campos começou a viajar pelo país e se reunir com empresários numa aparente movimentação para viabilizar uma eventual candidatura ao Palácio do Planalto. Dos quatro prováveis postulantes, somente Marina ainda não tem uma legenda para concorrer, já que seu partido ainda coleta assinaturas para obter registro junto à Justiça Eleitoral.
(Por Eduardo Simões)
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