A revelação dos desvios dos recursos público do TJ, feita Carla Ubarana e George Leal, poderá resultar em pedido de perdão judicial para o casal, conforme explicou o procurador geral de Justiça, Manoel Onofre Neto, em coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira.
O procurador geral de Justiça, Manoel Onofre Neto, apresentou nesta tarde (12), em entrevista coletiva, cópias de cheques e documentos, juntados aos autos da investigação do desvio de recursos do setor de precatórios do TJ, que comprovam o envolvimento dos desembargadosres Osvaldo Cruz e Rafael Godeiros nas irregularidades detectadas.
Para Onofre não resta dúvida quanto ao envolvimentos deles. “Depois das declarações de Carla Ubarana no termo de delação premiada, que foram ratificados em juízo, e juntada a destes documentos, o MP se convenceu do envolvimento dos desembargadores”.
Ele ainda enfatizou que por os desembargadores terem fórum privilegiado, tão logo o MP se convenceu dos indícios de crime, encaminhou o processo ao STJ, para que, este, pudesse continuar as investigações sobre os desvios. Também pediu ao CNJ o afastamento imediato dos dois desembargadores bem como a abertura de um procedimento administrativo sobre o caso.
A expectativa do procurador geral de justiça é que o pedido feito ao CNJ seja apreciado pela ministra Eliana Calmon até amanhã (13).
Durante a entrevista coletiva, Onofre e os promotores de defesa do Patrimônio Público responsáveis pelas investigações detalharam a cerca dos documentos juntados e isentaram a atual presidente do TJ Judite de qualquer envolvimento no escândalo.
“A desembargadora Judite nunca assinou nenhuma guia em branco. Ainda em 2009, a autorização para o pagamento dos precatórios passou a ser de responsabilidade da secretária geral e da chefe da divisão de precatórios, e a fraude só se perpetuou por isso. Ela não interferia nos pagamentos”, explicou Onofre.
fonte: nominuto.com
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