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quinta-feira, 6 de julho de 2017

Assembleia Legislativa do RN tem tornozeleira e deputado afastado.

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DeFato

Assembleia Legislativa do RN é assim…

Cena 1: o deputado Dibson Lisboa (PSD) caminha no plenário e nos corredores da Assembleia Legislativa do RN usando uma vistosa tornozeleira eletrônica.

Cena 2: o deputado Ricardo Motta (PSB) assiste de casa, via TV Assembleia, as sessões e os trabalhos da Assembleia Legislativa, porque a Justiça o afastou do mandato por 180 dias e o proibiu de se aproximar do Palácio José Augusto.

O primeiro, condenado a cinco anos de prisão por ter desviado dinheiro público quando foi prefeito do município Goianinha, na Grande Natal. Teve, também, os direitos políticos suspensos pela Justiça.

O segundo, investigado na Operação Candeeiro, que desmantelou uma quadrilha que roubou, pelo menos, R$ 19 milhões do Instituto de Desenvolvimento do Meio Ambiente (IDEMA-RN).

Os dois juram inocência. As provas, incontestáveis, afirmam o contrário.

E a sociedade assiste a tudo esperando uma posição firme do presidente da Casa Legislativa, Ezequiel Ferreira de Souza (PSDB). Ele, porém, faz de conta que nada está acontecendo. Aliás, sequer fala sobre o assunto. Pior: nos bastidores da Casa, as pisadas do presidente não oferecem o mínimo de confiança.

Não é só isso.

No rastro da Candeeiro, outra operação descortinou a farra do dinheiro público no Legislativo potiguar. A Dama de Espadas, comandada pela ex-procuradora Rita das Mercês, desviou, pelo menos, R$ 5 milhões através de servidores fantasmas. Pelo menos, uma dezena de deputados está sendo investigada.

“Ritinha”, como é mais conhecida a ex-procuradora, passou a ser vista como uma ‘bomba-relógio”, prestes a explodir no momento que se sentir abandonada por seus companheiros de negócio.

Curioso é que, mesmo descoberta pelo Ministério Público e respondendo a processo criminal, a ex-procuradora ganhou a aposentadoria como prêmio. A bondade tem as digitais do presidente Ezequiel e dos demais membros da mesa diretora.

Vivendo agora nas sombras, mas igualmente poderosa, Rita das Mercês parece revelar à opinião pública como funciona a Assembleia Legislativa. Poucos ou quase nenhum inquilino do Palácio José Augusto tem a coragem de peitá-la. Muito pelo contrário.

Portanto, é essa a Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Norte. Uma Casa formada por um presidiário, outro afastado por corrupção, mas igualmente recebendo subsídios, e uma dezena de investigados.

Tudo isso na cara do povo, sem qualquer cerimônia. Não custa nada lembrar que daqui a pouco tem eleições.

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