Em conversa entre os empresários José Gilmar de Carvalho Lopes (Gilmar da Montana) e Edson Cézar Cavalcante Silva (MOU), que tentavam uma aproximação com a atual gestão do Governo Estadual, Gilmar diz que conversou com o “Governador” (Carlos Augusto Rosado) “e o mesmo disse que esse ano não dá mais certo, e que por ele não sabe quando; Gilmar fala que disse ao mesmo que não confia em governo e que político é tudo igual; Gilmar diz que falou isso na presença dele (Governador) e de Expedito”, explica documento da denúncia do MP.
Outra gravação do Ministério Público mostra mais uma tentativa de Edson e Gilmar de se aproximar da gestão de Rosalba Ciarlini. “Gilmar diz que Carlos Augusto não quer diálogo com ninguém, e que Expedito falou com ele, e ele disse que ia resolver, e que falou de novo, e o mesmo (Carlos Augusto) respondeu dizendo: “Expedito, tenha calma aí!”.(…) Como que “correndo por fora”", apontava o documento.
Segundo transcrições telefônicas constantes na denúncia, o denunciado Jorge Confessor de Moura, fala com o acusado Gilmar da Montana sobre a suspensão da inspeção veicular, revelando que o “esquema” de pagamento de propina e promessa de distribuição de lucros do “negócio” havia sido descoberto por membros do atual governo. Relatam, claramente, que um desembargador do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, Expedito Ferreira de Souza, tinha tomado conhecimento dessa descoberta por membros do Governo do Estado.
Gilmar da Montana diz que “o problema é que pegaram George com todas as mentiras” e que falou para o desembargador Expedito Ferreira que não sabia do acordo de George Olímpio com o ex-governador Iberê Ferreira de Souza – titular do governo à época da licitação, tendo sido quem assinou o contrato de concessão com o Consórcio Inspar -, com o ex-deputado federal João Faustino e com Lauro Maia, filho da ex-governadora Wilma de Faria.
Fonte: Diário de Natal
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