Euripedes Dias

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Assassino da atriz Daniella Perez tem divórcio conturbado e queixas de tortura psicológica contra a ex-mulher.

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Guilherme de Pádua, 45 anos, passou sete anos preso pelo assassinato da atriz Daniella Perez (1970-1992). Na semana passada, voltou a estar em evidência por causa de um atribulado processo de separação que vive com a ex-mulher Paula Maia, 30 anos. Segundo ela, a relação de nove anos estava bastante desgastada quando, em agosto de 2014, ela decidiu se separar e ele não aceitou. “Foi um processo doloroso e estressante”, disse Paula à ISTOÉ, sem dar mais detalhes sobre o motivo da separação.
A sogra de Pádua, Ângela Castro, porém, não poupa o genro e diz que ele fez “tortura psicológica” para que o casamento não acabasse. “Ele pressionava minha filha por meio da palavra de Deus, dizendo que ela estava pecando com o divórcio. Chegou a mandar mensagem dizendo que estava colocando gente atrás dela para saber o que ela fazia”, afirma Ângela.
O divórcio foi assinado em janeiro. Mas nem assim Paula ficou livre da pressão do ex-marido. A mãe, outros parentes e amigos da estudante de veterinária afirmam que Pádua a difamou entre os fiéis da Igreja Batista Lagoinha, frequentada por ambos, em Belo Horizonte (MG). Teria sido ele, inclusive, o responsável por tirar o projeto dela da comunidade, um grupo de amparo a animais. “Ele dizia que Paula o havia abandonado, fez as pessoas se virarem contra ela.” diz Ângela.
A mãe ainda afirma que, logo após a filha sair de casa, Pádua teria invadido o apartamento da família, onde ela estava, levando-a até seu carro e dirigido em alta velocidade, ofendendo-a e dando socos no volante. “Paula me disse que orou muito naquele momento, pois achou que fosse morrer.” Ângela conta também que o genro manipulava a filha dizendo que ela perderia tudo que construiu se saísse de casa. “Ele usou as duas coisas mais importantes da vida dela, Deus e os animais, para manter o controle.”
Em nenhum momento, porém, a estudante de veterinária diz que o ex-marido a ameaçou diretamente. “Mas a relação foi desgastante a ponto de eu desenvolver uma forte depressão”, diz Paula. Ângela afirma que a filha já confessou ter medo de Pádua. Hoje, ela considera o ex-genro uma pessoa manipuladora, que seduziu a filha e conquistou a família, mas que, desde o começo, apresentava um caráter pouco confiável. “Na época, quando o relacionamento deles começou, não aceitei. Mas, depois de ouvi-lo, dei uma chance. Se fosse hoje, não permitiria esse envolvimento.”
IstoÉ

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