E não foi por falta de aviso que o governo da presidente Dilma Rousseff quase colheu uma derrota no ano passado e foi alvo, neste domingo histórico, de algumas das manifestações populares da história recente do País.
As manifestações de junho de 2013 deveriam ter servido de alerta. Como o governo e o congresso nacional fingiram acreditar que tudo passaria, os milhões de pessoas que saíram às ruas hoje, 15, voltaram pra dizer que a paciência acabou. Chegou ao fim.
E não vai adiantar tentar menosprezar a força das ruas e fingir que é fruto da articulação de partidos de oposição.
Como em 1992, nos meses que antecederam o impeachment de Fernando Collor, vai ser pior se o governo preferir convocar os militantes para sair em sua defesa. O tiro vai sair pela culatra, como prova as malsucedidas e esvaziadas manifestações de sexta, 13.
Em Natal, milhares de pessoas saíram para protestar. A maioria pedindo o impeachment da presidente, e alguns equivocadamente defendendo até intervenção militar, coisa que a ampla maioria não quer de forma alguma.
Um detalhe importante é que muito pouca gente pediu abertamente uma reforma política, considerada o melhor remédio para a situação de descrédito que a classe política vive há muitos anos.
De qualquer forma, o governo e os petistas sentiram hoje o peso e a força do descontentamento de parte da população. E não vai adiantar dar uma de avestruz, colocando a cabeça num buraco.
Vai ter que agir. De forma rápida e certa. Se demorar, vai perder o que lhe resta de apoio.
Quem avisa, amigo é!
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