Euripedes Dias

quinta-feira, 5 de março de 2015

Brasileiro inadimplente médio tem nome sujo há 2 anos e deve R$ 21,6 mil, diz SPC.


O perfil médio do consumidor brasileiro inadimplente é o de uma pessoa com o nome sujo há aproximadamente dois anos, que deve para 3,7 diferentes empresas, adquiriu essas dívidas por meio do cartão de crédito e de lojas e tem um débito total de R$ 21.676 00 junto às empresas credoras (já embutidas as multas e as taxas cobradas pelo atraso). Os dados são de uma pesquisa sobre a recuperação de crédito no Brasil, encomendada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pelo Portal de Educação Financeira Meu Bolso Feliz, realizada nas 27 capitais brasileiras entre os dias 1º e 8 de fevereiro. A média de renda familiar mensal dos consumidores entrevistados é de R$ 2.822,00.
Deixar de pagar a fatura do cartão de crédito é a principal razão apontada por parcela de 61% dos entrevistados inadimplentes para ter ficado com o nome sujo. Foram citados também atrasos em parcelas de cartões de loja (51%), no pagamento de empréstimos (31%) e de boletos bancários (37%). Outras razões mencionadas foram os cheques sem fundo (20%), deixar de pagar o cheque especial (18%) e o atraso com parcelas de financiamentos (15%).
O estudo do SPC Brasil e do Meu Bolso Feliz indica que 89% dos consumidores inadimplentes procuraram ou foram procurados pelos credores para um acordo sobre as dívidas em atraso. As empresas de celular são as que mais procuram os devedores para uma possível negociação (46%), seguidas das companhias de outros financiamentos (45%), internet (44%) e de financiamento de carros e motos (43%). Quando a iniciativa parte do consumidor, os resultados indicam que as empresas de TV a cabo estão em primeiro lugar entre as mais procuradas (54%).
O presidente do SPC Brasil, Roque Pellizaro, avalia que o brasileiro inadimplente demora muito (dois anos, em média) para quitar uma dívida. “Negociar a dívida rapidamente é muito mais vantajoso do que deixar os juros rolarem. A taxa média de desconto para negociação é de 22% e chega a 69% para quem propõe o pagamento à vista”, explica Pellizzaro.
fonte: Estadão Conteúdo

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