Neste sábado (06), a imprensa nacional é só destaque o envolvimento do nome do candidato para governador Rio Grande do Norte, Henrique Alves, que ocupa a presidência da câmara federal no escândalo da Petrobrás.
Em Jandaíra o acusado de envolvimento na corrupção na Petrobrás, Henrique Alves, é apoiado e tem uma forte ligação com ex-prefeito Fabio Marinho e seus partidos aliados.
Petrobras: A lista dos políticos delatados por Paulo Roberto Costa
A edição da revista Veja que começou a circular traz o nome dos seguintes políticos envolvidos com negócios sujos da Petrobras:
Edison Lobão, ministro das Minas e Energia, PMDB
João Vaccari Neto, secretário nacional de finanças do PT
Henrique Eduardo Alves, presidente da Câmara dos Deputados, PMDB
Renan Calheiros, presidente do Senado, PMDB
Ciro Nogueira, senador e presidente nacional do PP
Romero Jucá, senador do PMDB
Cândido Vaccarezza, deputado federal do PT
João Pizzolatti, deputado federal do PT
Mario Negromonte, ex-ministro das Cidades, PP
Sergio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro, PMDB
Roseana Sarney, governadora do Maranhão, PMDB
Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco, PSB - morto no mês passado em um acidente aéreo
Na época em que era diretor da Petrobras Paulo Roberto conversava frequentemente com o então presidente Lula, segundo contou à Polícia Federal.
Blog do Noblat no O Globo
Henrique Alves é citado pelo doleiro Youssef no esquema de corrupção da Petrobras
Sergio Cabral, Roseana Sarney, Eduardo Campos, Renan Calheiros e Edison Lobão estão entre os citados nos depoimentos do ex-diretor da Petrobras
Preso em março pela Polícia Federal, sob a acusação de participar de um mega esquema de lavagem de dinheiro comandado pelo doleiro Alberto Youssef, o ex-diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras Paulo Roberto Costa aceitou recentemente os termos de um acordo de delação premiada – e começou a falar.
No prédio da PF em Curitiba, ele vem sendo interrogado por delegados e procuradores. Os depoimentos são registrados em vídeo — na metade da semana passada, já havia pelo menos 42 horas de gravação. Paulo Roberto acusa uma verdadeira constelação de participar do esquema de corrupção.
Entre eles estão os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), além do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA). Do Senado, Ciro Nogueira (PI), presidente nacional do PP, e Romero Jucá (PMDB-RR), o eterno líder de qualquer governo. Já no grupo de deputados figuram o petista Cândido Vaccarezza (SP) e João Pizzolatti (SC), um dos mais ativos integrantes da bancada do PP na casa. O ex-ministro das Cidades e ex-deputado Mario Negromonte, também do PP, é outro citado por Paulo Roberto como destinatário da propina. Da lista de três “governadores” citados pelo ex-diretor, todos os políticos são de estados onde a Petrobras tem grandes projetos em curso: Sérgio Cabral (PMDB), ex-governador do Rio, Roseana Sarney (PMDB), atual governadora do Maranhão, e Eduardo Campos (PSB), ex-governador de Pernambuco e ex-candidato à Presidência da República morto no mês passado em um acidente aéreo.
Paulo Roberto também esmiúça a lógica que predominava na assinatura dos contratos bilionários da Petrobras – admitindo, pela primeira vez, que as empreiteiras contratadas pela companhia tinham, obrigatoriamente, que contribuir para um caixa paralelo cujo destino final eram partidos e políticos de diferentes partidos da base aliada do governo.
Sobre o PT, ele afirmou que o operador encarregado de fazer a ponte com o esquema era o tesoureiro nacional do partido, João Vaccari Neto, cujo nome já havia aparecidao nas investigações como personagem de negócios suspeitos do doleiro Alberto Youssef.
Conheça, nesta edição de VEJA, outros detalhes dos depoimentos que podem jogar o governo no centro de um escândalo de corrupção de proporções semelhantes às do mensalão.
Fonte: Veja
Escândalo da Petrobras: barril de pólvora pronto para explodir
Um barril de pólvora prestes a explodir. É, assim, que está sendo interpretada a série de depoimentos do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, à Polícia Federal. Costa decidiu falar em troca da delação premiada – redução da pena. O caso ganha repercussão na metade da campanha eleitoral e, pelas informações colhidas até o momento, em seu depoimento, Costa nominou 12 senadores, 49 deputados federais e um governador beneficiados com recursos desviados de contratos com a Petrobras. Os políticos seriam filiados ao PT, PMDB e PP.
Os depoimentos de Paulo Roberto dão a manchete de jornais e revistas neste final de semana. Uma reportagem do Jornal Folha de São Paulo, edição deste sábado, relata que ‘’Costa dizia na cela em que está preso na Polícia Federal em Curitiba (PR) que não teria eleições neste ano se ele revelasse tudo o que sabe’’. Cita, ainda, a reportagem, que ‘’os políticos receberiam, segundo Costa, 3% do valor dos contratos da Petrobras na época em que ele era diretor de distribuição da estatal, entre 2004 e 2012’’.
O ex-diretor da Petrobras foi preso na Operação Lava Jato. A Polícia Federal investigava, nessa operação, denúncias sobre lavagem de dinheiro e possíveis irregularidades em contratos da estatal petrolífera com empresas prestadoras de serviços e empreiteiras. O doleiro Alberto Youssef, que, também, foi preso, era um dos alvos das investigações. Após sete meses de prisão, Costa se convenceu da necessidade de falar para ter reduzido a pena a ser imposta pelos crimes que cometeu.
O acordo da delação premiada está andamento. O depoimento chegou no começo desta semana ao STF (Supremo Tribunal Federal) para que o ministro Teori Zavascki homologue o acordo. A delação é um caminho encontrado pela Justiça para os depoentes, que a aceitarem, tenham o benefício da redução da pena em troca de informações que ajudem a esclarecer crimes.
De acordo com informações, Costa decidiu fazer uma delação premiada no último dia 22, depois que a Polícia Federal fez buscas em empresas de suas filhas, de seus genros e de um amigo dele, todas no Rio de Janeiro. Em uma das empresas, a Polícia Federal encontrou indícios de que Costa tem mais contas no exterior.
Em junho, a Suíça comunicou as autoridades brasileiras de que Costa e seus familiares tinham US$ 23 milhões em contas secretas naquele país. O ex-diretor havia negado à polícia que tinha recursos no exterior.
A existência das contas na Suíça foi o motivo alegado pelo juiz federal Sergio Moro para decretar a prisão de Costa pela segunda vez, em 11 de junho.
Paulo Roberto Costa era Diretor de Abastecimento da Petrobras de 2004 a 2012, e é suspeito de intermediar negócios entre a estatal e grandes fornecedores. Ele foi, ainda, responsável pela obra mais cara da Petrobras, a refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, cujo preço final pode ultrapassar R$ 40 bilhões.
Segundo a Polícia Federal, os contratos eram superfaturados e o sobrepreço era repassado pelas empreiteiras ao doleiro Alberto Youssef. O doleiro, por sua vez, cuidaria da distribuição do suborno aos políticos. As investigações da Polícia Federal, que correm sob sigilo, estão tirando o sono de muitos políticos, principalmente, dos que sabem que nesse estágio de cruzamento de informações já foram nominados nos depoimentos do ex-diretor da Petrobras.
Ceara Agora.
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