O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, anunciará nesta sexta-feira [28] sua candidatura ao governo do Rio Grande do Norte. Filiado ao PMDB, amigo do vice-presidente Michel Temer e defensor da reeleição de Dilma Rousseff, Henrique monta uma megacoligação que inclui até as legendas dos principais antagonistas da presidente: o PSB de Eduardo Campos e o PSDB de Aécio Neves. Paradoxalmente, a coligação exclui o PT.
Ao divulgar suas pretensões para 2014, Henrique posará para fotos ao lado da futura candidata ao Senado na sua chapa: a ex-governadora Wilma Faria, do PSB. No sábado [5] da semana que vem, em novo ato político, ele anunciará o nome do seu candidato a vice: o deputado João Maia, do PR.
Até o final de maio, Henrique deseja elaborar e registrar em cartório um programa de governo. A peça será rubricada pelos dirigentes dos partidos que o apoiarão. Umas 14 legendas, ele diz. O PT não terá candidato ao governo potiguar. Mas apresentará ao eleitor uma postulante ao Senado: a deputada Fátima Bezerra. Refugada pelo PMDB, ela negocia sua presença na chapa que será encabeçada pelo atual vice-governador do Estado, Robinson Faria, do PSD de Gilberto Kassab.
Henrique pretende procurar Dilma e Lula para dizer-lhes que seus arranjos estaduais não alteram seu apoio à reeleição de Dilma no plano federal. Para ele, as duas estrelas do PT não deveriam subir em nenhum palanque no Rio Grande do Norte, já que os dois principais candidatos são filiados a legendas que apoiam o Planalto em Brasília. De resto, o amigo de Michel Temer não cogita franquear seu palanque nem a Campos nem a Aécio. O acerto que negociou prevê que, no Rio Grande do Norte, cada partido cuida do seu presidenciável. Ah, Bom!
Do Blog de Josias de Souza.
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