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quarta-feira, 22 de maio de 2013

Viajar de avião a partir de Natal é mais caro e mais demorado


Sara Vasconcelos – repórter Tribuna do Norte
Quem resolve viajar a partir de Natal precisa estar preparado: vai gastar mais tempo edinheiro em viagens aéreas, do que se saísse por Recife, Fortaleza e Salvador, principais concorrentes  do turismo potiguar. O custo com passagem para um trecho saindo de Natal é em média R$ 339,00. Passageiros que saem de Brasília ou de São Paulo gastam em média R$ 200 por trecho de viagem. A média é similar a de Salvador, R$ 210.
Os dados são da pesquisa Redes e fluxos do território Ligações Aéreas divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O instituto levantou 135 cidades que têm voos diretos e listou 76 locais, dos mais caros aos mais baratos. Embora os dados da pesquisa sejam de 2010, o cenário atual não é muito distante, segundo analistas e operadores do setor. Com a perda de malha aérea ocorrida em março, quando companhias aéreas como a TAM e a Gol reduziram o número de voos partindo de Natal, “a situação só se agravou”, avalia o diretor do Natal Convention Bureaux, George Costa.
“A estratégia comercial de reduzir assentos e aumentar o preço do bilhete deixa ainda o consumidor sem opções,  não há  a concorrência de horários e mais empresas operando”, diz Costa. O reflexo é a perda de turistas. As compras de última hora, sobretudo as estimuladas por promoções na rede hoteleira, que representam cerca de 10% no período de baixa estação – tem migrado para os estados vizinhos, diz ele. “O fator decisivo que pesa é o aéreo, muito mais caro aqui”, observa. Numa simulação aleatória, em um site de vendas, a passagem com destino a São Paulo em dia de semana e horário comercial é encontrada por R$ 1,2 mil saindo de Natal, enquanto de Recife e Fortaleza são comercializadas por R$ 790 e R$ 840.
O custo elevado, segundo o analista do IBGE Ivanilton Passos, se deve a elevada centralização da rede urbana na capital, alto custo de serviços no setor de turismo e a existência de um único aeroporto, além da distância com os grandes centros. “As cidades maiores possuem um fluxo maior de passageiros por isso os custos reduzidos”, observa.
Políticas de redução do ICMS do combustível adotadas por estados do Sul e Sudeste também influenciam no preço das passagens. “Estamos, o trade turístico potiguar, buscando esse subsídio para que o RN possa ser mais atrativo”, defende  Diassis.

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