O RN já perdeu 60% de suas colméias e hoje a exportação de mel está praticamente zero e sem perspectivas, contrastando com a produção de 2005 a 2011, quando exportou mais de 1.500 toneladas. No caso de Serra do Mel, a perda é de mais de 90%. O município possuía cinco mil colméias em 2011, reduzidas hoje a menos de 500.
O gradual desaparecimento das abelhas pelo uso inadequado de pesticidas, a restrição do mercado, visto que muitos só podem vender dentro do próprio Estado, o baixo preço pago ao produtor, a falta de mecanização do setor, de assistência técnica, apoio e de investimentos configuram o pior momento da atividade de apicultura no RN, apesar da reconhecida qualidade do produto.
O alerta foi do professor doutor Lionel Segui Gonçalves, presidente do Centro Tecnológico de Apicultura e Meliponicultura do RN (Cetapis), na audiência pública promovida pelo deputado Fernando Mineiro (PT) nesta quarta-feira (22), Dia do Apicultor, que levou ao Plenarinho da Casa caravanas de produtores dos diversos municípios do RN.
O especialista disse que o desaparecimento das abelhas é o maior problema apícora da atualidade e uma uma preocupação mundial, provocada pelo CCD, sigla de colony collapse discorder. “O grande vilão do sumiço das abelhas são os pesticidas e precisamos combater antes que seja tarde”, afirmou.
Doutor Lionel alertou que o uso indiscriminado de pesticidas pode extinguir as abelhas. “O Ibama está de braços cruzados e a Bayer deve estar rindo à toa”, disse. A Cetapis, instalada na Fazenda Experimental Rafael Fernandes, da UFERSA, fez uma pesquisa que detectou várias dificuldades dos produtores, que impedem o desenvolvimento da atividade. No RN o transporte não é mecanizado, aumentando a agressividade das abelhas.
Por Bg
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