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sexta-feira, 29 de abril de 2022

Faltam medicamentos em farmácias e na rede pública em Natal.

 

Foto: Reprodução

A procura por analgésicos, antialérgicos e antibióticos em Natal está cada vez mais difícil. Medicamentos como novalgina, dipirona e amoxicilina estão em falta nas farmácias da cidade e a situação também impacta a rede pública de saúde. Segundo Leandro Alencar, diretor do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do RN (Sincofarn), três situações explicam essa baixa no abastecimento: falta de insumos para fabricação, o próprio calendário da indústria e a epidemia da gripe. Atualmente, não há previsão para normalização.

A situação começou a ser sentida em janeiro deste ano, período em que houve uma grande procura por medicamentos devido ao surto de gripe e aumento de casos de covid-19 na capital potiguar. Leandro Alencar explica que o problema é multifatorial, com variáveis esperadas e inesperadas. “Fizemos um levantamento junto com os fornecedores e também diretamente com a indústria e atrelamos essa falta de medicamento a três situações”, diz.

“A indústria tem um planejamento semestral e anual de produção e prevê férias coletivas que começam no dia 20 de dezembro até 20 de janeiro. Todo ano acontece alguma ruptura no fornecimento mas em pouca quantidade. Só que nesse período, com a epidemia de gripe gigantesca que enfrentamos, a procura por diversos medicamentos foi bem acima da curva. Nem as farmácias, nem os fornecedores, estavam preparados para esse crescimento”.

Além disso, aponta que a indústria não teve como atualizar a distribuição tão rápido quanto a necessidade da procura e vários insumos de fabricação que são importados estão em falta no mercado. Desse modo, não há matéria-prima para uma rápida resposta e também não há previsão para normalização do serviço. “Infelizmente, eles não dão previsão. A indústria está trabalhando de forma acelerada para tentar normalizar o quanto antes. Acreditamos que nos próximos 60, talvez 90 dias, esteja tudo regularizado, porém teríamos que ter a certeza que realmente vai ter matéria prima para fazer esse aumento”, esclarece o diretor da Sincofarn.

Tribuna do Norte

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