A Agência Nacional de Telecomunicações definiu as regras pelas quais as teles vão disputar a rede de cobertura do 5G no Brasil. A tecnologia deve estar disponível em todas as capitais brasileiras até julho de 2022. Em cidades com mais de 500 mil habitantes, o prazo limite é 2025 e o escalonamento segue de acordo com a população dos municípios. Tudo deve estar implementado até dezembro de 2029.
O procedimento é um padrão adotado, mas já sinaliza para as mudanças que estão por vir e devem impactar a vida do brasileiro, que vai poder dispor de uma internet com velocidade até 100 vezes maior que a atual, a 4G. A nova tecnologia utiliza um espectro de rádio mais abrangente e permite mais aparelhos conectados simultaneamente, com maior estabilidade que a rede atual.
Mas afinal de contas, por que é necessária uma nova rede com velocidade tão elevada?
Para entender o questionamento é preciso entender que o futuro que se desenha é o da Internet das Coisas (IoT), como explica o CEO da Interjato, Erich Rodrigues, que também é membro do CDUST – Comitê de Defesa dos Direitos do Usuários da Anatel. O 5G aparece como uma solução para absorver conexões simultâneas, de forma eficiente e com menor consumo de energia
“Não precisamos de um dispositivo móvel com velocidade de internet chegando a 20 gigabytes por segundo, mas precisamos que essa capacidade esteja disponível para dar conta das centenas de bilhões, dos trilhões, na verdade, de dispositivos que estarão conectados no futuro, entre drones, carros autônomos, lâmpadas ou sua cafeteira. O 5G favorece o uso de ferramentas inteligentes e a interconexão de equipamentos em tempo real”, explica Erich.
De acordo com dados da Agência Nacional de Telecomunicação (Anatel), há mais linhas móveis ativas do que pessoas no Brasil. São mais de 234 milhões de smartphones, tablets, wearables e outros aparelhos para 209 milhões de brasileiros. E nesse futuro, cada vez mais próximo, a tendência é qualquer coisa esteja conectada à internet para melhorar todos os aspectos da vida, tanto de indivíduo como das sociedades como um todo.
“Qualquer coisa poderá estar conectada. Existe uma possibilidade de que, em alguns anos, sua casa tenha sensores inteligentes que detectam automaticamente erros de construção, acúmulo de mofo, vazamento de água e problemas elétricos, para que você não precise ficar se preocupando com isso. Como esses sensores vão se comunicar? Provavelmente usando redes 5G”, finaliza o CEO da Interjato Soluções.
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