Páginas

terça-feira, 16 de março de 2021

Com compra de 138 milhões de doses, Ministério da Saúde projeta vacinação da população em geral a partir de maio.

 Foto: Sérgio Lima/Poder360

O ministro da Saúde Eduardo Pazuello anunciou, nessa segunda-feira (15), que o governo completou as negociações com as farmacêuticas Pfizer e Janssen para compra de vacinas contra o coronavírus. Segundo o ministro, foram negociadas 100 milhões de doses da Pfizer e 38 milhões da Janssen, a única que precisa de apenas uma aplicação para imunização. Com isso, de acordo com a pasta, será possível vacinar as pessoas que não estão nos grupos prioritários a partir de maio — veja ao final do texto a ordem dos grupos prioritários.

— Estou informando à população que nós já concluímos a contratação da União Química da Sputnik, da Pfizer e da Janssen. Todas essas contratações foram finalizadas a partir da lei que foi sancionada — disse. — Só para que os senhores compreendam a velocidade administrativa desse trabalho. A partir da lei, sancionada na quarta-feira, hoje, segunda-feira, estou informando que já fizemos essas contratações completas.

— Todos laboratórios que chegam a nós entram em tratativas a partir de robustez de dados — afirmou.

O ministro afirmou que até o final de abril vai vacinar 88% dos prioritários e que toda população será vacinada até o fim de 2021.

— É provável que até maio todos de grupos prioritários sejam vacinados — disse.

Somadas às negociações com a AstraZeneca, a Sinovac, a Covax Facility, a União Química (Sputnik V) e Bharat Biotech, o governo projeta adquirir 562 milhões de doses de vacinas neste ano.

— Temos mais vacinas contratadas que brasileiros. Essas vacinas se mantêm na validade para 2022, por isso, temos que ter estoque. E não podemos contar com 100% das entregas. Há oscilações — disse. Ele afirmou que Estados e municípios podem adquirir o imunizante, desde que venham pelo Programa Nacional de Imunização (PNI).

— Não haverá Estados e nem municípios vacinando antes do que outros, não haverá divisão entre regiões e nem entre ricos e pobres na vacinação — disse.

O governo federal estava em tratativas para a compra das doses da Pfizer desde setembro do ano passado. Segundo o Ministério da Saúde, o contrato não foi formalizado antes devido às cláusulas, consideradas pela pasta, “abusivas”. Um projeto de lei aprovado no Congresso autorizou a compra do imunizante.

Também na coletiva, Pazuello confirmou que a pasta iniciará uma campanha publicitária para imunização nesta terça (16).

— Amanhã começamos uma campanha nacional de conscientização para vacinação — declarou o ministro.

Contratos firmados

O Ministério da Saúde tem contrato firmado para compra de vacinas com seis empresas: Fiocruz, Butantan, Precisa (vacina indiana), União Química (Sputnik V), Pfizer e Janssen. Dessas, não tem autorização da Anvisa as vacinas Sputnik, Precisa e da Janssen. As primerias doses da Pfizer vão chegar ao brasil em abril, mas a maioria dos lotes será enviada apenas no segundo semestre do ano.

Ordem de vacinação dos grupos prioritários

Pessoas com 60 anos ou mais institucionalizadas;

Pessoas com deficiência institucionalizadas;

Povos indígenas vivendo em terras indígenas;

Trabalhadores de saúde;

Pessoas de 80 anos ou mais;

Pessoas de 75 a 79 anos;

Povos e comunidades tradicionais ribeirinhas;

Povos e comunidades tradicionais quilombolas;

Pessoas de 70 a 74 anos;

Pessoas de 65 a 69 anos;

Pessoas de 60 a 64 anos;

Comorbidades;

Pessoas com deficiência permanente grave;

Pessoas em situação de rua;

População privada de liberdade;

Funcionários do sistema de privação de liberdade;

Trabalhadores da educação do Ensino Básico (creche, pré-escolas, ensino fundamental, ensino médio, profissionalizantes e EJA);

Trabalhadores da educação do Ensino Superior;

Forças de segurança e salvamento;

Forças Armadas;

Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros;

Trabalhadores de transporte metroviário e ferroviário;

Trabalhadores de transporte aéreo;

Trabalhadores de transporte aquaviário;

Caminhoneiros;

Trabalhadores portuários;

Trabalhadores industriais.

Zero Hora

Sem comentários:

Enviar um comentário