Euripedes Dias

sábado, 17 de dezembro de 2016

Além de popularidade, Temer perde credibilidade.

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Por Josias de Souza

Com a popularidade em queda livre, Michel Temer disse nesta sexta que o caminho certo nem sempre é o mais popular. Afirmou que “não há mais espaço para feitiçaria”. Declarou que tem “coragem” e faz o que precisa ser feito: impõe um teto para os gastos públicos, propõe a reforma da Previdência. O presidente tem razão. Às vezes, os melhores remédidos são os mais amargos. O problema é que Temer não está perdendo apenas a popularidade.

Na pesquisa divulgada hoje pelo Ibope, alguns dados chamam especial atenção. Por exemplo: apenas 21% dos basileiros avaliam que o governo Temer é melhor do que a gestão Dilma. Para 42%, Temer é igual a Dilma. Para 34% Temer é pior que Dilma. Somando 42% com 34%, verifica-se que 76% dos brasileiros acham que tudo ficou a mesma porcaria ou piorou depois da saída de Dilma.

Entre os fatores que puxam a imagem de Temer para baixo, o principal é a pasmaceira econômica. Mas não é só. O brasileiro nota que a autoridade do presidente começa a ser triturada pelo moedor da Lava Jato. Mais do que a popularidade, Temer perde, aos pouquinhos, a credibilidade.

Há um ano e três meses, quando a aprovação de Dilma estava em 7%, Temer disse: “ninguém vai resistir três anos com esse índice baixo.” Hoje, a aprovação de Temer está em 13%. Se continuar caindo, Temer terá de lutar não pela reforma da previdência, mas pelo próprio mandato.

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