Na última quarta-feira (11), um hacker de 31 anos foi preso acusado de invadir o smartphone da atual primeira dama do Brasil, Marcela Temer, e tentar extorquir dinheiro e ameaçando divulgar fotos íntimas da vítima. O ato é considerado um crime cibernético, de acordo com a Lei 12.737, sancionada em 30 de novembro de 2012.
Com o avanço da tecnologia móvel no mundo, cada vez mais usuários e fabricantes estão preocupados com a privacidade dos dados armazenados e segurança no tráfego de informações, especialmente quando o celular é utilizado para o lazer, o trabalho e para transações financeiras. Por conta disso, as fabricantes de smartphones estão adaptando seus modelos para oferecer mais segurança com a mesma velocidade que os hackers estão desenvolvendo técnicas para invadir os aparelhos e obter informações do proprietário. Um exemplo é a presença de vírus que podem expor dados do usuário caso o smartphone não esteja devidamente protegido.
“O que antes parecia ser um problema exclusivo dos computadores agora deve estar no radar de quem utiliza celular. Por isso devemos utilizar os recursos de segurança presentes nos modelos, que garantem sigilo e evitam surpresas desagradáveis”, explica Fernando da Silva Oliveira Neto, coordenador de marketing da Vi.
Um recurso muito comum e indicado pelas fabricantes é a famosa “nuvem”. O espaço online é destinado para salvar imagens, áudios, vídeos, contatos, documentos, SMS, históricos de mensagens de aplicativos, entre outros arquivos. “O funcionamento é bem simples: basta possuir uma conta em serviço de nuvem favorito. A ‘nuvem’ garante ao usuário segurança e a recuperação rápida de arquivos, caso aconteça algum problema com o aparelho. Além disso, libera a memória do celular, evitando acúmulo e espaço indisponível para novos materiais”, afirma Neto.
Outra função curiosa, e pouco conhecida dos smartphones é o modo visitante. “Quem nunca emprestou o celular para alguém e teve o desprazer da pessoa fuçar arquivos pessoais sem devida autorização? Porém esse risco acabou: em celulares Android, a partir da versão 4.2, é possível ativar o modo convidado para poder emprestar o smartphone sem preocupação. Você pode criar uma senha específica para uma área do aparelho que não expõe seus arquivos, mas que mantém as principais funções, como ligações e acesso à internet, ativas normalmente”.
Fernando destaca ainda a importância de ativar a criptografia do smartphone. Ele explica que a criptografia cria uma camada de proteção de dados que vai muito além da senha do aparelho. “Ao ativá-la, o sistema codifica as informações no aparelho e impede que outras pessoas façam o uso delas sem uma chave definida pelo usuário. Este recurso está presente nas versões mais recentes do sistema Android”, ressalta. O proprietário pode também usar o cofre do smartphone. O cofre é um espaço protegido por senha (diferente da senha de desbloqueio da tela) onde o usuário pode manter com segurança arquivos pessoais ou sigilosos. Unir ambas as funções dificulta a invasão e roubo de informações do dono.
Em caso de roubo do aparelho, o coordenador orienta bloquear o sistema por meio do aplicativo de localização do telefone. Desta forma, quem estiver com o celular precisará da senha definida pelo proprietário para acessar os dados. “Existem diversos aplicativos com esta finalidade para download nas lojas virtuais. No caso dos telefones Meizu existe o Phone Finder, que é completamente integrado ao telefone e permite localizar, bloquear, enviar mensagens à pessoa que encontrou o telefone informando como entrar em contato com o proprietário e, em último caso, apagar os dados remotamente”, finaliza Neto.
Por Notícias ao Minuto
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