Foto: Luiz Ackermann | Agência O Globo
Uma das grandes apostas da era Lula, que ambicionava criar “campeãs nacionais”, ou seja, empresas que pretendiam estar entre os líderes mundiais em seus setores, vai cortar 12% de sua força de trabalho nos próximos dias.
A endividada Oi, a maior operadora de telefonia fixa do Brasil, demitirá esta semana cerca de 2 mil funcionários de um total de 16.700. A medida é centrada na área administrativa e abrange empregados de nível gerencial, inclusive diretores. Os cortes representam entre 15% e 20% do total da folha de pagamentos da operadora.
A partir de hoje, os funcionários começam a ser avisados das demissões. É o segundo corte de peso feito pela Oi em um ano. Em abril de 2015, a operadora mandou embora 1.070 empregados.
Talvez não por coincidência, o mercado espera que a Oi apresente também nesta semana a proposta de renegociação de suas dívidas.
Em abril, o banco de investimento americano Moelis & Company foi contratado para renegociar as pendências com credores internacionais. A operadora tem uma dívida bruta de R$ 54,9 bilhões, dos quais 70% são com credores estrangeiros e quase metade tem vencimento até o fim de 2017 — o primeiro R$ 1 bilhão, aliás, vence dentro de 60 dias.
Lauro Jardim, O Globo
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