Dez anos após as mortes do prefeito de Grossos, João Dehon da Costa Neto, e do motorista Márcio Sander Martins, mortos em uma uma operação desastrosa da Polícia Civil do Rio Grande do Norte em 23 de junho de 2005, os cinco policiais civis denunciados pelo Ministério Público Estadual por homicídio duplamente qualificado começaram a ser julgados na manhã de ontem (30), em Juri Popular. Durante a audiência, a família das vítimas clamaram por justiça e reclamaram da demora do julgamento.
No banco dos réus estavam os policiais civis João Maria Xavier Gonçalves, Newton Brasil de Araújo Júnior, Railson Sérgio Dantas da Silva, José Wellington de Souza e João Feitosa Neto. Os cinco são acusados de disparar 52 tiros contra o carro do ex-prefeito João Dehon. Um sexto policial, que participou da operação, foi inocentado porque ficou confirmado que sua arma não disparou durante a ação.
Até às 17h de ontem, três dos cinco réus tinham sido interrogados pela juíza Eliana Marinho e pelo promotor de justiça, Augusto Flávio Azevedo. Mais dois réus ainda seriam ouvidos. Os réus alegam inocência e culpam a pressão e cansaço pelo crime. Um dos réus, Railson Sérgio Dantas da Silva, que na época trabalhava a dois meses na polícia, disse, em depoimento à justiça, que os disparos contra o carro das vítimas teriam sido efetuados pois as vítimas teriam reagido às investidas da polícia.
Tribuna do Norte
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