José, Valter, Salatiel, Arlindo, Alsair, outros três não identificados. Pelo menos oito pessoas morreram, neste ano, no Rio Grande do Norte, vítimas de cidadãos comuns que resolveram fazer justiça com as próprias mãos. Os dados são de levantamento feito por representantes do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e do Conselho Estadual de Direitos Humanos e Cidadania (COEDHUCI-RN). O último ato de linchamento, em que o suspeito de um crime foi espancado e morto por populares, ocorreu no final de semana passado, em Natal. Raramente os agressores são presos.
A Polícia Civil encontra dificuldades em investigar os casos, principalmente pela falta ou silêncio das testemunhas. Especialistas são unânimes e apontam a ausência do Estado como principal causa dessa prática. A maioria das pessoas que passaram da condição de suspeitos a vítimas são homens, pardos ou negros, com idade média de 34 anos. Entre as ocorrências registradas, apenas uma mulher foi vítima de assassinato com características de justiçamento.
“Temos que ressaltar que existe o justiçamento coletivo, em que várias pessoas espancam o suspeito até a morte e outros que é um contra um. Às vezes a população não bate, mas assiste, apóia, não revela quem foi o suspeito, e dessa forma também está cometendo um crime”, explica o especialista em Segurança Pública, Ivenio Hermes, que é consultor da OAB/Mossoró e faz parte do Fórum Brasileiro de Segurança.
Com informações da Tribuna do Norte
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