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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Equipe de Jandaíra faz a alegria da torcida no campeonato de blocos de Macau.



 
Equipe do bloco Chupetinha formada por atletas de Jandaíra.
Foto: Blog Jandaíra em Foco


Não fosse um bloco de carnaval, o nome do time seria estranho: “chupetinha”. Talvez não, pela cara dos garotos. Com idade em torno de 18 anos, a maioria saindo da adolescência, mas jogando o fino da bola, a molecada do chupetinha, formada por jovens de Jandaíra, está dando um show no ginásio de Macau.

Nesta última segunda feira (28), venceu a equipe dos sombras pelo placar de 10 a 2 e se classificou para as quartas de final do campeonato de blocos de Macau. A partir de agora é mata, mata. Quem perder cai fora e na próxima sexta tem mais um desafio pra a gurizada jandairense.

Os dribles curtos, o toque de bola e as triangulações, que encantam a torcida no ginásio, lembraram-me do filósofo da bola, Dadá Maravilha. Não pelo futebol, mas pelas célebres frases dignas de destaque na sociedade dos poetas tortos.

Uma delas: “Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa”. Mas o que isso tem haver com o chupetinha? Calma, senhor leitor!

É apenas uma comparação entre o futebol apresentado pelos jovens jandairenses e as várias boas equipes de futebol formadas no município.  Já vi muito time bom e bons jogadores no torrão jandairense. Já vi muito craque de bola dar alegrias as torcidas do Grêmio, Palmeiras, Flâmengo de Arueira e tantos outros.

Também já vi bons times no futsal disputando campeonatos municipal, regional e até estadual. Mas, nunca tinha visto uma equipe de Jandaíra jogar o fino do “futsal” como esses garotos jogam. 

Nego Chimba, Geovane, Neguinho, Bolo, Jeffinho, Matheus, Renny, Josimar, Bruno Alexandre e Douglas, além do talento nato, também sabem jogar. Jogam fazendo triangulações, sabem fazer os movimentos de quadra, toca e sai como se exige no curto espaço disponível.

Na quadra, eles giram com a bola e a cada jogada um deles aparece fazendo a clássica, conhecida, mas sempre mortal jogada do pivô, de costas pro gol, rolando pra quem vem de trás arrematar e correr pro abraço.

Certo que o poeta não é tão torto assim, se fosse não parava no AR. Vou deixar de enrolação e dizer que o futebol é muito diferente do futsal. Uma vez, eu mesmo tentei explicar isso, ocorre que eu não sabia que no esporte a cultura e os costumes também são difíceis de serem modificados.

Sorte desses garotos que aprenderam, desde cedo, a observar falcão e companhia nas manhãs de domingo. 

No final do jogo, o craque do time concedia entrevista aos repórteres de rádio. Não resistir e fui matar as saudades do meu tempo de repórter esportivo.

Também não resistir e quis matar a curiosidade: Nego Chimba, onde vocês aprenderam a jogar assim?   A resposta foi surpreendente: quando um músico aprende a tocar de ouvido, sem conhecer as notas musicais, isso é talento.

Nego Chimba, craque da partida com sete gols, respondeu que aprendeu a jogar futsal assistindo os jogos da seleção brasileira pela televisão. Isso, meu caro leitor, também é talento.

Por Wendell Câmara no Jandaíra News

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