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quinta-feira, 23 de junho de 2016

Arena das Dunas acumula R$ 35 milhões em prejuízos desde a inauguração.

Arena das Dunas (Foto: Getty Images)
Por Rodrigo Capelo / Época

Arena das Dunas, cuja administração foi concedida pelo governo do Rio Grande do Norte para a OAS por 20 anos, teve seu segundo ano consecutivo no vermelho em 2015. O estádio teve prejuízos operacionais de R$ 16 milhões e R$ 19 milhões, respectivamente, nas duas temporadas desde a inauguração, em 22 de janeiro de 2014.

As receitas chegaram a R$ 6,9 milhões em 2015, mas continuam muito abaixo das despesas, em R$ 23 milhões. O cálculo, aqui, desconsidera os repasses de dinheiro feitos pelo governo potiguar para remunerar a construção do estádio, orçada em R$ 400 milhões.

Ao olhar apenas para receitas e despesas é possível notar a saúde financeira de uma empresa, como a criada pela OAS para administrar a Arena das Dunas, que vai mal. E o cálculo fica muito pior se forem considerados impostos sobre a receita e despesas financeiras, como pagamentos de juros a bancos, ambos negativos.

Com os dois principais times locais na terceira divisão, ABC eAmérica-RN, a Arena das Dunas depende de excursões de clubes da elite para conseguir receita. 

A maior renda, até hoje, saiu do jogo entre Flamengo e Avaí no Campeonato Brasileiro de 2015, quando a operadora ficou com R$ 439 mil da receita bruta de R$ 1,6 milhão.


A OAS, a quem o governo do Rio Grande do Norte concedeu a Arena por 20 anos, colocou-a à venda no começo de 2015. A construtora entrou em recuperação judicial depois que sua participação em esquemas de corrupção foi evidenciada pela Operação Lava Jato. 

Quebrada, decidiu vender suas participações em estádios – Arena das Dunas, Arena do Grêmio e 50% da Arena Fonte Nova.

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