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terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Laudo diz que Jango morreu de morte natural, mas não descarta envenenamento.

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O laudo anunciado na manhã desta segunda-feira sobre a causa da morte de João Goulart concluiu que, as análises periciais e técnicas feitas, concluem que ex-presidente teve uma morte natural. Mas, ao mesmo tempo, o laudo mostra que, por causa do longo tempo passado, não é possível garantir que não houve envenenamento dado a mudança química ocorrida nos restos mortais.
“Nenhum medicamento tóxico ou veneno dos tipos previamente identificados pela Secretaria de Direitos Humanos foi identificado nas amostras. Não se encontrou nenhuma substância tóxica ou medicamento que pudesse ter causado a sua morte. A análise toxicológica localizou substâncias habituais do dia a dia do ex-presidente, como vestígios de xampu e medicamentos que ele usava para doença coronariana” – apontou o laudo.
Porém, no final, conclui o perito Jeferson Evangelista Correa, da Polícia Federal, que fez a leitura do laudo:
“Contudo, apesar do resultado não é possível negar que tenha ocorrido envenenamento, tendo em vista mudanças físicas e químicas”.
A pedido da família do ex-presidente, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu liminar para impedir que o governo divulgue hoje a íntegra do resultado pericial sobre as causas da morte do ex-presidente João Goulart. A decisão impede a divulgação de fotos e outros detalhes dos três exames feitos por peritos para tentar descobrir se o ex-presidente Jango foi envenenado.
Jango morreu em 1976. A família está reunida com a ministra de Direitos Humanos, Ideli Salvatti. Está marcada para as 11h a divulgação do resultado do trabalho de investigação. A entrevista está mantida. A família ficara irritada por não ter participado de entrevista coletiva da ministra na semana passada em que foi anunciada a conclusão dos trabalhos.
O Globo

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