Sete ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) saíram em defesa da ministra Rosa Weber, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), após coronel da reserva do Exército publicar um vídeo em que a classifica como “salafrária”, “corrupta” e incompetente”.
Eleitor de Jair Bolsonaro e autodeclarado “intervencionista”, isto é, apoiador de uma intervenção militar no país, Carlos Alves fez ataques a Rosa depois de o PT entrar com uma ação no TSE para investigar Bolsonaro por crime eleitoral e o PDT pedir a anulação do primeiro turno da eleição.
Na abertura da sessão da Segunda Turma do STF, o decano da Corte, ministro Celso de Mello, considerou o discurso do vídeo “repugnante”. “Exteriorizou-se esse discurso imundo e sórdido mediante linguagem insultuosa, desqualificada por palavras superlativamente grosseiras e boçais, próprias de quem possui reduzidíssimo e tosco universo vocabular, indignas de quem diz ser Oficial das Forças Armadas”, disse.
“O primarismo vociferante desse ofensor da honra alheia faz-me lembrar daqueles personagens patéticos que, privados da capacidade de pensar com inteligência, optam por manifestar ódio visceral e demonstrar intolerância radical contra os que consideram seus inimigos, expressando, na anomalia dessa conduta a incapacidade de conviver em harmonia e com respeito pela alteridade no seio de uma sociedade fundada em bases democráticas”, completou Celso de Mello.
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