Guedes e Onyx Lorenzoni, futuros ministro da Economia e da Casa Civil de Bolsonaro. MAURO PIMENTEL AFP
O presidente eleito Jair Bolsonaro criará um superministério para cuidar da economia que unirá as pastas da Fazenda, do Planejamento e da Indústria e Comércio sob comando do economista Paulo Guedes. O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), futuro chefe da Casa Civil de Bolsonaro, também confirmou nesta terça-feira que a futura gestão unirá as pastas da Agricultura e do Meio Ambiente. Reduzir o número de ministérios é uma promessa de campanha de Bolsonaro, mas as fusões, complexas, já provocam críticas de setores que se sentem menos privilegiados .
A fusão na área econômica deve desagradar os industriais, que são contra mudança. Guedes foi irônico sobre as ressalvas do setor e disse que o governo Bolsonaro salvará a indústria brasileira do processo de desindustrialização vivido nos últimos 30 anos, “apesar dos industriais brasileiros”.
Já a absorção do Meio Ambiente pela pasta da Agricultura também preocupa ambientalistas e até setores do agronegócio, que temem retaliação no comércio exterior caso haja um aumento acelerado do desmatamento.
A ex-senadora e candidata derrotada à presidência, Marina Silva, criticou medida. "A decisão de fundir o Ministério do Meio Ambiente ao da Agricultura será um triplo desastre. Estamos inaugurando o tempo trágico da proteção ambiental igual a nada. Nem bem começou o governo Bolsonaro e o retrocesso anunciado é incalculável", disse, no Twitter, a ex-ministra do Meio Ambiente.
Por EL PAÍS
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