Euripedes Dias

segunda-feira, 6 de março de 2017

Mulheres estão em apenas 37% dos cargos de chefia nas empresas.

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Às vésperas do Dia Internacional da Mulher, há pouco a se comemorar quando se olha o topo das hierarquias de poder tanto no serviço público quanto no privado. Com o avanço da mulher no mercado de trabalho, elas respondem atualmente por 43,8% de todos os trabalhadores brasileiros. Mas a participação vai caindo conforme aumenta o nível hierárquico. Elas representam 37% dos cargos de direção e gerência. No topo, nos comitês executivos de grandes empresas, elas são apenas 10% no Brasil.

— Em 2015, eram 4,7 milhões de profissionais, dentre os quais 63% eram homens nos cargos de chefia. A desigualdade de rendimentos entre homens e mulheres nesta categoria é maior que no mercado de trabalho como um todo — afirma a economista do IBGE Cristiane Soares.

Na média, a mulher ganha 76% do salário dos homens. Nos cargos de gerência e direção, essa proporção vai para 68%. Quanto mais alto o cargo e a escolaridade, maior a desigualdade de gênero. As estatísticas mostram, no entanto, que, na média da população, a escolaridade feminina é maior. A mulher tem oito anos de estudo, e o homem, 7,6 anos.

Para Cristiane, a sociedade empurra a mulher a um papel que acaba restringindo suas escolhas profissionais. E a família é outro motivo para frear a subida da mulher no mercado, diz a economista:
— Muitas mulheres escolhem carreiras em que podem conciliar trabalho com as tarefas de casa, mãe, esposa, cuidadora. Outras abrem mão da carreira ou dão prioridade para a ascensão do marido, por ele ganhar mais. Há vários aspectos que restringem essa ascensão, inclusive o machismo, pois alguns homens ainda não aceitam a ideia de serem comandados por uma mulher.

No setor público, a situação se repete, mas como a entrada se dá por concurso público, a distorção é menor no ingresso, mas se intensifica nos graus superiores. Por causa disso, procuradoras de Goiás resolveram promover uma campanha em prol da igualdade e de mais respeito nos ambientes de trabalho. Segundo Fabiana Bastos, procuradora do Estado de Goiás, a presença feminina nos espaços de decisão do Judiciário é mínima:

— Em Goiás, só 19% dos desembargadores são mulheres. Nos tribunais militares, a participação feminina fica em 16%.

O Globo

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