Euripedes Dias

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Presidente da Mangueira diz que título foi um resgate que escola merecia.

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O presidente da escola campeã de 2016, Francisco de Carvalho, o Chiquinho da Mangueira, disse que o título conquistado hoje (10) foi a vitória da “nação mangueirense” e do carnaval. “Foi um resgate que a Mangueira merecia”, disse logo após o resultado.


Com o resultado, a torcida da escola que estava na arquibancada entoou o grito “A campeã voltou”. Chiquinho concordou. “A campeã voltou, porque merecia voltar. A Mangueira tem uma história e não pode ficar fora desta disputa. 

Ganhar é uma consequência, mas ficar fora do desfile das
Campeãs, a Mangueira não pode. A Mangueira resgatou o que tem de mais importante que é a sua comunidade e o respeito de todo aquele morro e de todos os fundadores da Mangueira”.


Para o presidente, não foi sem razão que a escola, a última a desfilar no grupo especial neste ano, foi a campeã. “Não foi à toa que o povo esperou a Mangueira até o final”.

O intérprete da Mangueira, Ciganerey, disse que de certa forma o título é também para Luizito, que era intérprete da escola e morreu ano passado. Ele disse que pretende manter a sequência de história de bons cantores que começou com Jamelão e depois Luizito. “Eu só tenho que dar sequência a essa grande história de grandes intérpretes na Mangueira. Comecei bem, com o pé direito”, disse.

A Unidos da Tijuca ficou em segundo lugar com a diferença de um décimo. Para o presidente Fernando Horta, a colocação mostrou que a escola fez um bom carnaval este ano, que foi muito disputado. “A Tijuca tanto podia ser em primeiro como em segundo. 

Parabéns para a Mangueira, parabéns para a Tijuca, porque foi resolvido com um décimo, carnaval disputadíssimo. No geral, foi legal e alguém tem que ganhar. Então está bem entregue o troféu à Mangueira”, disse.

O carnavalesco Mauro Quintaes também achou justo o campeonato da Mangueira. “Acho que a Tijuca ficar em segundo lugar na frente de concorrentes fortíssimos e com a Mangueira em primeiro, que fez um desfile irrepreensível, é uma honra”, disse.

Quintaes avaliou que o enredo que falou da terra e da lida do trabalhador deu certo, mesmo em um ano em que outras escolas também desenvolveram temas semelhantes. “Mostramos que você pode falar do mesmo elemento duas, três , quatro vezes. A criatividade do carnavalesco entra neste momento”, indicou.

A porta-bandeira do Salgueiro, Marcela Alves, comemorou ter conseguido junto com o mestre-sala Sidclei Santos, os pontos máximos (40), mas sentiu a escola não ter ganho o campeonato. “Somos uma família e é cada um torcendo por todos”, disse.

Ainda assim, ela disse estar feliz porque a Mangueira fez um bom trabalho. “Acho que a Mangueira fez um brilhante trabalho. O trabalho que o Leandro [o carnavalesco Leandro Vieira] conseguiu trazer para a Mangueira foi maravilhoso. Carnaval é isso aí, as seis que vão voltar no Desfile das Campeãs foram impecáveis. Então, acho que foi justo”, disse.

Fonte: Agência Brasil

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