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quarta-feira, 3 de março de 2021

Internações por covid sobem 64,7% no Rio Grande do Norte.


 

O número de pacientes internados nas redes pública e privada de saúde no Rio Grande do Norte para o tratamento da covid cresceu 64,78% em nove meses. 

No dia 2 junho de 2020, considerado o pior mês da pandemia até agora no Estado, existiam 514 pessoas ocupando leitos críticos e clínicos em hospitais públicos e privados. 

Nessa terça-feira (2), nove meses depois, o quantitativo havia saltado para 847 – perfazendo a variação percentual citada.

Às 20h31 dessa terça-feira, a Plataforma Regula RN contabilizava 53 pacientes com perfil de leito crítico à espera de uma vaga, enquanto existiam 16 leitos disponíveis em todo o Estado. A maioria deles em regiões distintas à Metropolitana. Dos 21 hospitais públicos com leitos específicos para a covid no território potiguar, 13 estavam com ocupação de 100% ( ao longo do dia, porém, o número chegou a 15), seis acima dos 90%, um com 80% e outro com 20%.

A situação é considerada crítica pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap/RN) que se reuniu a portas fechadas com pesquisadores do Comitê Científico do Estado na noite dessa terça-feira (2). Novas medidas para mitigar essa nova onda de contaminação e internação, considerada mais severa que as registradas anteriormente, deverão ser anunciadas hoje pela pasta.

Quem depende de um leito crítico para vencer a guerra contra a covid-19 no Rio Grande do Norte encontra sérias dificuldades. O pai do jornalista Matheus Magalhães, acometido pela doença, não conseguiu transferência para um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Rio Grande do Norte. Militar aposentado pela Força Aérea Brasileira, ele precisou ser transferido para um leito crítico do Hospital da Aeronáutica de Recife (HARF), após uma angustiante procura por vaga entre as unidades privadas de saúde em Natal e os hospitais militares no Brasil.

“Por ser do grupo de risco, pelas comorbidades, nós começamos a batalha por um leito de UTI. Não tem. Não tem UTI em Natal, não tem UTI na Região Metropolitana. A gente sabe o que a gente moveu para encontrar um leito, mas não tem. Tem gente mais grave que ele, tem filas nos hospitais. 

Por sorte, ele é um militar e os hospitais militares poderão recebê-lo. Meu pai está intubado e sedado para viajar. Ele vai ficar assim lá no hospital até ter alta. Eu vou voltar com meu pai, sim. Por favor, rezem por ele”, pediu Matheus Magalhães num relato emocionado nas redes sociais. Ele disse que a exposição da situação do pai e da família servia como um alerta a todos que não acreditam no potencial destrutivo da covid-19.

Confira matéria completa na Tribuna do Norte.

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