Os protestos que reuniram pelo menos 240 mil pessoas na segunda-feira nas principais capitais brasileiras foram destaques das manchetes na imprensa internacional nesta terça-feira. O jornal americano “New York Times” disse que milhares de manifestantes foram ontem às ruas nas principais cidades do país. O jornal ressaltou que os protestos começaram pequenos contra o aumento da tarifa de ônibus, mas ontem tomaram as ruas contra o alto custo de vida e os gastos com reformas e novos estádios de futebol.
“O descontentamento no Brasil provoca o maior protesto em décadas”, diz a manchete do site do jornal espanhol “El País”, acrescentando que o subida do preço das tarifas de transporte se tornou pretexto para lutar por uma sociedade mais justa. “Apesar das isoladas cenas de violência, a notícia foi a ordem e a paz com que os protestos aconteceram”, disse o periódico espanhol para acrescentar em seguida: “Mas nada disso (o vandalismo) conseguiu apagar a imagem de milhares de pessoas caminhando pelas principais capitais do país”. O jornal destacou ainda que São Paulo paga a passagem de ônibus mais cara do mundo, segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas.
A rede britânica BBC informou que protestos contra o aumento das passagens e as despesas com a Copa de 2014 se espalharam em São Paulo, Brasília e Rio. O jornal argentino “El Clarín” destacou as bombas lançadas contra a Assembleia Legislativa do Rio.
O jornal britânico “The Guardian” diz que uma “espiral de alto custo de vida e serviços precários provocam onda de protestos no Brasil”. O francês “Le Monde” resume: “Uma maré de manifestantes no Brasil, cenas de caos no Rio” e comparou as manifestações com os protestos que tiraram o presidente Collor do poder.
O jornal italiano “Corriere Della Sera” destaca: “Confrontos e feridos no Rio de Janeiro, em protestos contra os gastos da Copa do Mundo”.
O site da rede árabe “Al Jazzera” diz que “manifestações contra o alto custo do transporte público e com a Copa do Mundo de 2014 refletem a insatisfação com as politicas do governo”.
O Globo
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