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quarta-feira, 25 de junho de 2014

Técnico e presidente da Federação Italiana pedem demissão depois de eliminação na Copa em Natal


Luiz Martini – Superesportes
Enviado especial a Natal

Uma derrota que abalou as estruturas do futebol italiano. No dia em que foi eliminada da Copa do Mundo, com revés por 1 a 0 para o Uruguai, a Azzurra parece ter perdido o técnico e o presidente da Federação Italiana de uma vez.
Em entrevista na Arena das Dunas, o técnico revelou o pedido e disse que as críticas que vão além do futebol foram fatores que incomodaram.
“Conversei com o presidente da Federação, Giancarlo Abete, e o vice, Demetrio Albertini, e visto que o projeto técnico é de minha responsabilidade, apresentei a minha demissão. Antes da renovação de contrato havia a vontade de continuar no projeto, e camuflar os problemas do futebol italiano. Depois vieram agressões verbais e nos tornamos como um partido político. Eu sempre paguei meus impostos e caminho com a cabeça alta agora”, disse o treinador.
A questão é como será feita a possível condução para a saída do técnico, que ainda não teve o pedido aceito. O próprio presidente da instituição, Giancarlo Abete, minutos depois, disse que também não continuará no comando. Ele revelou que ocorrerá uma reunião nos próximos dias para organizar as diretrizes.

“Prandelli apresentou o pedido de demissão e vou convocar o conselho, entre sexta e segunda-feira, e espero que ele retire esse pedido. Na minha opinião, mesmo com o triste resultado, todo o possível foi feito dentro do nível de produtividade. Tivemos resultados excelentes nas Eliminatórias, e tudo não pode ser subestimado. De qualquer forma, eu apresentarei a minha demissão também. É um pedido irrevogável. Nós fizemos o máximo, o corpo técnico e os jogadores. Queremos levar todos a um nível de reflexão”, avaliou.
Com a despedida do Mundial, a Azzurra é a terceira campeã a voltar para a casa na fase de grupos. Espanha e Inglaterra também estão fora. Pelo lado italiano fica a frustração de ser eliminado antes do mata-mata, como aconteceu na África do Sul. Antes da Copa, Prandelli havia renovado seu contrato com a Itália até 2016.

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