Páginas

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Temer irá anunciar ministério logo que impeachment for admitido no Senado.

Josias de Souza

Às voltas com um esforço de recrutamento de ministros para um governo ainda hipotético, o vice-presidente Michel Temer estabeleceu uma meta: deseja anunciar sua equipe tão logo o plenário do Senado confirme a decisão de dar continuidade ao processo de impeachment de Dilma Rousseff. Algo que deve ocorrer entre os dias 12 e 17 de maio. A ideia de Temer é trazer todos os nomes à luz de uma vez, não em conta-gotas.

Confirmando-se a tendência do Senado de referendar a decisão da Câmara, Dilma será afastada por até seis meses, cedendo a poltrona para o vice-presidente. É nessa hora que Temer fará o anúncio de sua equipe. Será menor do que a atual. Temer cogita extinguir entre oito e dez dos atuais 32 ministérios. Fará isso por meio de fusões. Por exemplo: a pasta de Portos volta a compor o organograma do Ministério dos Transportes.

Dilma e seus auxiliares sustentam que a movimentação do inquilino do Palácio do Jaburu reforça a natureza “golpista” do impeachment. Nas palavras de Dilma, seu vice “vende terreno na Lua”, já que os ministérios não estão disponíveis. Temer e seus operadores afirmam que a escolha de ministros não é uma opção, mas “uma obrigação” do substituto constitucional de uma presidente prestes a ser impedida.

Para apressar o processo, Temer delegou a correligionários de sua confiança a tarefa de sondar pessoas e partidos políticos sobre a composição ministerial. A despeito do esforço para manter os nomes em sigilo, alguns começam a ganhar o noticiário. Entre eles o de Henrique Meirelles, no topo da lista de cotados para a pasta da Fazenda.

Ex-presidente do Banco Central nos govenros de Lula, Meirelles será recebido por Temer neste sábado (23). Ele estava em Nova York. Retorna a São Paulo nesta sexta-feira. Deveria avistar-se com Temer na sequência. Mas o vice teve de retornar a Brasília.

Sem comentários:

Enviar um comentário